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O governo está a considerar lançar leilões para a construção de projetos de renováveis no mar.
“Após o devido enquadramento legal e regulatório, a realização de leilões para energias de fonte ou localização oceânica será, certamente, considerada pelo governo”, disse ao Dinheiro Vivo fonte oficial do Ministério do Ambiente, sem dar mais detalhes e sem especificar se dará mais relevância a projetos eólicos ou de energia das ondas.
Para a EDP Renováveis que, juntamente com a francesa Engie gere o primeiro e único parque eólico no mar em Portugal, ao largo de Viana do Castelo, é importante acrescentar o offshore ao mix de renováveis em Portugal, porque “o país tem condições muitos boas para isso, pela sua geografia limitada”, explica José Pinheiro, diretor do Windfloat Atlantic. Por exemplo, “o recurso eólico em alto mar [o único que é possível em Portugal] está mapeado. Há três zonas boas: Viana, Cascais e o Cabo de São Vicente, no Algarve”, conta.
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De facto, em apenas um ano de operação, de julho de 2020 a julho de 2021, o Windfloat Atlantic produziu 75 gigawatt hora (GWh), o suficiente para abastecer 60 mil famílias. Além disso, em agosto esteve quatro dias consecutivos a funcionar e em junho cumpriu um total de 48% das horas a trabalhar à potência máxima das eólicas.
Nas eólicas em terra (onshore), o máximo que se consegue que trabalhem em plena carga não costuma passar de 30%.
A realização de leilões permitiria ainda que a EDP e os restantes acionistas do Windfloat (Engie, Repsol e a tecnológica Principle Power) aumentasse este parque até à sua capacidade máxima.
Neste momento, as três eólicas em operação têm uma potência de 25 MW, mas o cabo da REN que as liga a terra permite até 200 MW, ou seja, mais umas 17 a 18 turbinas. “Se o governo lançar um leilão, estamos aí”, diz.
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