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A pandemia travou muitas metas que tinham sido traçadas pelo governo e uma delas é o valor das exportações no produto interno bruto (PIB). No ano passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reforçou o objetivo de chegar a 2025 com as exportações a valerem metade da riqueza criada no país. Mas agora, depois do segundo confinamento geral, essa meta foi dilatada no tempo.
A documentação técnica, divulgada este fim de semana pelo governo, depois da notícia do Expresso que dava conta de informação que não tinha sido publicada, aponta para a “ambição de atingir um volume de exportações equivalente a 50% do PIB até 2027 e a 53% do PIB até 2030”.
A confirmar-se esta previsão, significava aumentar o peso das exportações no PIB em mais de 16 pontos percentuais no final da atual década.
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O executivo defende que o “enfoque deve estar no aumento da balança tecnológica de pagamentos”, mas neste caso concreto não define metas quantitativas. No documento lembra que “a percentagem de produtos de elevado valor acrescentado no volume de exportações é, apesar da trajetória recente, ainda baixa e alguns desses produtos têm ainda um elevado conteúdo importado.”
Estes objetivos estão inscritos na parte dedicada à capitalização e inovação empresarial, pretendendo-se uma “afirmação competitiva das fileiras industriais estabelecidas e das áreas emergentes, contribuindo para a dupla transição digital e energética e para o cumprimento das metas nacionais”, lê-se no documento.
Mas o PRR também refere a aposta na investigação e desenvolvimento (I&D), aumentando o investimento até “atingir 3% do PIB até 2030, com 1,25% de despesa pública e 1,75% privada, face a um valor total estimado de 1,4% do PIB em 2019, com a despesa privada a representar cerca de 55% do total”, lê-se no documento técnico. Com este investimento será possível “garantir 25 mil novos empregos qualificados até 2030, multiplicando por três vezes a despesa em I&D das empresas face a 2020.”
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