Os super e hipermercados na Grande Lisboa vão poder, a partir de 1 de julho, estar abertos até às 22h anunciou o Governo esta quinta-feira, recuando na decisão de limitar o horário de fecho do retalho alimentar até às 20h. A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) mostra-se satisfeita com o “bom-senso” do Governo com este recuo.
“Houve o bom-senso que nós pedimos na análise da questão do retalho alimentar. Nunca o retalho alimentar teve limitações desde o início da pandemia e não estávamos a perceber porque estávamos agora a ser castigados numa altura em que já demos provas suficientes de segurança e que estamos a cumprir com todos os requisitos. Estamos bastante satisfeitos com este retrocesso da decisão do Governo. Uma incongruência que só iria prejudicar os consumidores e as empresas que têm tentado trabalhar normalmente e fazer desenvolver a economia”, diz Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
A APED, diz Gonçalo Lobo Xavier, ainda não recebeu indicação do os associados, mas a acredita que “a partir de segunda-feira a tendência será voltar à normalidade”. “O sector do retalho tem de se adaptar às dificuldades do momento – ainda não temos indicações nenhumas que irão retomar a atividade normalmente mas temos em crer que será essa indicação que os nossos associados irão dar”, diz.
“Tudo isto cria ineficiências, não é positivo para operações, mas preferimos que a decisão tenha voltado atrás e que tenhamos alguma normalidade a partir do dia 29”, conclui.
Após uma reunião do Conselho de Ministros, António Costa, anunciou que o estado de contingência para a Área Metropolitana de Lisboa (AML – atualmente em estado de calamidade, tal como o restante território continental) foi determinado por 15 dias, no âmbito da contenção da covid-19, implicando medidas mais restritivas.
O fecho generalizado dos estabelecimentos comerciais às 20h – com exceção dos restaurantes para serviços de refeições – já era conhecido, mas agora foi determinada a possibilidade de os supermercados e hipermercados encerrarem às 22h.
Foi também anunciado que os serviços de abastecimento de combustível, as farmácias, as funerárias, os equipamentos desportivos e clínicas, consultórios e veterinários também não têm de respeitar o encerramento obrigatório às 20h.
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