//Governo: Se Montepio não conseguir vender ações da Groundforce, “Estado ou TAP encontrarão uma solução”

Governo: Se Montepio não conseguir vender ações da Groundforce, “Estado ou TAP encontrarão uma solução”

O ministro das Infraestruturas assegura que a TAP esteve sempre a trabalhar numa solução para a Groundforce. Neste momento, indicou Pedro Nuno Santos, na Comissão de Economia, nesta terça-feira, “há um processo de venda” das ações da Pasogal na Groundforce, que está a ser conduzido pelo Montepio. Mas assegura: se este caminho não chegar a bom porto, a TAP ou o Estado vão encontrar uma solução.

“A TAP foi sempre parte da solução. O Estado português começou a trabalhar numa solução estrutural e definitiva para a Groundforce. A determinada altura suspendeu esse processo´, porque acreditou no sócio maioritário, que está descapitalizado, e incapaz de injetar capital na Groundforce; acreditávamos que o negócio ia fazer-se; o sócio maioritário vender a sua participação na empresa. Estivemos à espera, houve duas tentativas de venda que saíram frustradas”, assinalou o governante.

Neste mês de julho, dois sindicatos convocaram uma greve e “foi feita uma tentativa para a desconvocar. Foi conseguida, com o compromisso da TAP que iria transferir a verba necessária para o subsídio de férias dos trabalhadores. Mais uma vez, a TAP a tentar encontrar uma forma de encontrar o financiamento necessário para o pagamento dos salários. Esta proposta não foi aceite pela Groundforce, que impôs condições e depois tivemos uma greve neste fim de semana, marcada por outro sindicato”.

A paralisação dos funcionários da empresa de assistência em terra levou ao cancelamento de mais de 600 voos. “Compreendemos a situação de angústia, ansiedade e desespero que muitos trabalhadores da Groundforce vivem”, diz.

Pedro Nuno Santos salientou que “há um processo de venda em curso e que, no fim, é liderado pelo Montepio. Ontem, teve uma decisão muito importante do tribunal, que lhes reconhece o direito de vender as ações detidas pela Pasogal na Groundforce”. Reconhecendo a “forma responsável, série e discreta como o Montepio tem lidado com este processo”, o ministro apontou que o processo só agora está “numa fase mais avançada, final, segura do ponto de vista de negócios, de direito de venda”.

“O Montepio está nesse processo. Estamos a acompanhar e temos a expectativa que o processo de venda, por quem tem o direito de vender, seja concluído com sucesso. E isso significaria a entrada de um sócio com capacidade financeira para podermos iniciar uma nova vida de maior estabilidade na Groundforce e também para os trabalhadores”, sustentou o ministro.