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Enquanto não existir uma nova solução aeroportuária na região de Lisboa, o governo vai socorrer-se da base aérea militar de Figo Maduro e do Aeródromo Municipal de Cascais para amparar o tráfego na Portela.
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A medida, que consta do relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), apresentado esta terça-feira, 10, visa a reorganização do “tráfego aéreo de forma mais eficiente” bem como a promoção de “uma coordenação operacional eficaz, que permita uma melhoria e uma maior eficiência do aeroporto Humberto Delgado (AHD) , considerando que esta infraestrutura terá de ser mantida até uma nova solução para a expansão aeroportuária da região de Lisboa ser decidida e concretizada”, explica o documento.
O governo adianta que estão a ser “encetados procedimentos para melhorias estruturais no AHD, que passam pela deslocalização da área militar de Figo Maduro (AT1) e a utilização dessa área para a operação civil”. Já Tires irá albergar a aviação executiva.
“Valorizando o tecido aeroportuário nacional, visa-se proceder à migração da aviação executiva do AHD para o Aeródromo Municipal de Cascais, procurando a resultante melhoria do AHD, mas também a especialização do Aeródromo Municipal de Cascais no referido tráfego e apostar na migração do tráfego de formação, tão importante para a continuidade da aviação nacional, do Aeródromo Municipal de Cascais para os demais aeródromos nacionais espalhados pelo país, procurando a dinamização desses polos aeroportuários e reforçar a coesão territorial”, adianta.
Em conferência de imprensa. o ministro das Finanças, Fernando Medina, esclareceu que “estão a ser feitos os trabalhos relativamente à realização desta obra, que serão por conta do concessionário [ANA] pelo regime que está definido”.
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Recorde-se que no início de setembro a Comissão Técnica Independente (CTI), que está responsável pelos estudos sobre a expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, entregou ao governo um relatório com uma lista de medidas a implementar para aliviar a operação na Portela.
Entre elas estava precisamente a recomendação da redistribuição por outros aeroportos do tráfego civil, charter e não militar para responder às limitações de capacidade do aeroporto de Lisboa.
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