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O projeto da Greenvolt submetido ao concurso para a reconversão da central do Pego, Abrantes, prevê a construção de uma central fotovoltaica e a produção de hidrogénio verde, em parceria com a Haffner Energy, disse esta quarta-feira a empresa.
“A Greenvolt apresentou uma candidatura ao procedimento concorrencial de atribuição de capacidade de injeção na RESP — Rede Elétrica de Serviço Público do Pego. Um projeto que inclui uma central fotovoltaica e uma instalação para a produção de hidrogénio verde”, disse fonte oficial da empresa de renováveis, em resposta escrita à Lusa.
O concurso público para a atribuição do ponto de injeção da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, que encerrou o prazo para receção de candidaturas na segunda-feira às 23:59, recebeu seis propostas, da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Endesa, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA, anunciou o Governo, na terça-feira.
A Greenvolt explicou que a componente de hidrogénio verde prevista no projeto submetido “faz recurso a uma tecnologia disruptiva e inovadora, que recorre à utilização de biomassa residual florestal, sem necessidade de proceder à sua queima”.
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Para tal, a Greenvolt terá como parceiro a Haffner Energy, “um dos mais relevante ‘players’ no setor do hidrogénio verde e que é possuidor de uma tecnologia inovadora pelo seu contributo decisivo para a descarbonização”, apontou.
A empresa liderada por João Manso Neto considerou que, “financeiramente trata-se de uma proposta sólida, mas realista e enfocada num nível adequado de rentabilidade”.
A Lusa contactou todos os candidatos, tendo a EDP Renováveis e a Endesa respondido que não vão fazer mais comentários sobre o tema, de momento.
O fim da produção de energia a carvão da central termoelétrica da Tejo Energia estava oficialmente marcado para 30 de novembro de 2021, mas com o esgotamento dos ‘stocks’ de carvão na empresa, no dia 19 de novembro, a central já não foi reativada.
O Governo iniciou um processo de concurso público para a atribuição do ponto de ligação à rede elétrica, que abriu o prazo para receção de candidaturas em 20 de setembro.
A central é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 MW a carvão, e de 800 MW na central a gás, “que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035”, recordou o executivo.
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