//Groundforce. Insolvência afasta Casimiro. Montepio já não venderá ações

Groundforce. Insolvência afasta Casimiro. Montepio já não venderá ações

O tribunal decretou a insolvência da Groundforce. A decisão foi conhecida nesta quarta-feira e surgiu quase três meses depois de a TAP ter dado entrada ao pedido de insolvência da SPdH – Serviços Portugueses de Handling, conhecida como Groundforce, a 10 de maio. Tanto a Pasogal, acionista maioritário, como a TAP, acionista minoritário, salientaram que, no imediato, os postos de trabalho não estavam em risco. A mesma informação foi transmitida pelos sindicatos. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), numa nota aos associados, diz que a insolvência “é uma solução transitória, não estando em causa as licenças de assistência em escala, nem sequer a cessação dos contratos de trabalho, pelo que foi feito um apelo por parte do Governo e da TAP de continuarmos a trabalhar no sentido da recuperação da empresa, principalmente num momento tão importante de captação de receitas e de manutenção de confiança com todos os clientes”.

O Jornal de Negócios avança nesta quinta-feira, 5 de agosto, que Alfredo Casimiro, líder da Pasogal, e desde maio presidente executivo (CEO) da Groundforce, vai ser afastado do cargo. Foram escolhidos dois administradores de insolvência: do lado da Pasogal foi escolhido Pedro Pidwell Silva e a TAP escolheu Bruno da Costa Pereira. A atual equipa executiva – liderada por Alfredo Casimiro – é afastada e irão assumir a gestão os dois administradores. Segundo o Negócios, o tribunal decretou que fossem apreendidos, para “imediata entrega aos administradores da insolvência”, elementos da contabilidade da insolvente e de todos os seus bens, ainda que arrestados, penhorados ou por qualquer forma apreendidos ou detidos.

Quem vai vender a Groundforce?

A 20 de julho, e depois de ter sido decidido que caberia ao Montepio vender as ações da Pasogal na Groundforce – houve um penhor sobre as mesmas devido a créditos contraídos no banco – o ministro das Infraestruturas assegurou no Parlamento que o Montepio estava a tratar desse tema mas, se o banco não conseguisse, o Estado ou a TAP resolveriam a questão.

“Se, por alguma razão, houver falta de interesse de algum investidor e o Montepio não conseguir proceder à venda, o Estado ou TAP encontrarão uma solução. Temos estado a trabalhar numa solução há algum tempo, que foi suspensa para dar oportunidade ao processo de venda se realizar. Não aconteceu. Neste momento, está o Montepio a tentar concluir, esperemos que conclua com sucesso. Se não concluir, o Estado ou a TAP resolverão, caso a venda de um privado a outro não aconteça”, assegurou na altura Pedro Nuno Santos.

Contudo, com a declaração de insolvência, este processo deixa de estar nas mãos do Montepio, e segundo o jornal online Eco, passa a ser responsabilidade dos administradores de insolvência e dos credores que a têm de aprovar. Uma alteração a este cenário ocorrerá se houver uma anulação da declaração de insolvência.