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Stephan DuCharme, presidente executivo do grupo DIA, que é controlado pelo fundo de investimento LetterOne do russo Mikhail Fridman, um dos oligarcas alvo de sanções na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, assegura que o grupo “não foi atualmente afetado de forma alguma”.
“Nenhum acionista da LetterOne, incluindo o Sr. Fridman, ostenta, nem individualmente nem mediante acordo com outros acionistas, o controlo da LetterOne. Portanto, nem a LetterOne, nem consequentemente o grupo DIA, estão sujeitos a qualquer sanção”, esclarece a empresa no comunicado sobre os resultados de 2021.
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O grupo, dono da cadeia de supermercados Minipreço em Portugal, registou um resultado líquido negativo de 257,3 milhões de euros no ano passado. Em 2020 os prejuízos tinham chegado aos 363,8 milhões. As vendas líquidas somaram 6647,7 milhões de euros, uma quebra de 3,4%. “Esta descida é motivada, essencialmente, pela redução de 3,8% no número de lojas no final do período e pela desvalorização do real brasileiro e do peso argentino”, explica a empresa em comunicado.
Já em superfície comparável (like-for-like), a vendas caíram 3,6% em 2021 face a 2020, mas subiram 5% em comparação com 2019, antes da pandemia. “Isto deve-se às compras de abastecimento extraordinárias registadas pelo grupo em 2020, devido aos confinamentos causados pelo início da pandemia de covid-19 em todo o mundo e que se normalizaram em 2021”, sublinha o grupo de origem espanhola.
A empresa de origem espanhola, que além de Portugal e Espanha está presente também nos mercados brasileiro e argentino, está a sofrer os efeitos da subida dos preços da energia. “O aumento do preço da eletricidade impactou fortemente no aumento dos gastos de exploração do grupo, que subiram dos 5,7% para os 6,5%, em percentagem de vendas líquidas. O custo da eletricidade, sobretudo em Espanha, acarretou um sobrecusto de 39,9 milhões de euros”.
O investimento na remodelação das lojas também pesou sobre os custos do grupo, num total de 16,1 milhões de euros.
O ano passado foi de implementação de um novo conceito de loja, incluindo em Portugal. No total foram transformados mil espaços comerciais, avança o DIA, em Portugal, Espanha e Argentina. Foram lançadas duas mil novas referências de produtos nos últimos 20 anos, acrescenta ainda.
“Como consequência de todo este processo de transformação em que está imerso, o grupo DIA alcançou um Ebitda ajustado no ano de 2021 de 124 milhões de euros, que pressupõe mais 1,1% do que em 2020”, diz a empresa na nota à imprensa.
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