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O grupo de restauração SeaMe Group, o dono do Prego da Peixaria, abriu a terceira dark kitchen na Margem Sul, assegurando entregas através da Uber Eats e Glovo, e prepara-se para abrir mais duas nos nos próximos meses.
“Temos sido dos grupos que mais tem dinamizado este sector do delivery nos últimos meses, com a criação de novas marcas pensadas para entregas em casa, como com a abertura de ‘dark kitchens'”, diz António Querido, administrador comercial do Sea Me Group, ao Dinheiro Vivo. “Temos 3 dark kitchens de raiz e estamos a pensar abrir mais duas nos próximos dois meses”, revela.
Depois de Telheiras (julho) e Parede (dezembro) seguiu-se em janeiro a abertura da dark kitchen no concelho de Almada. “Representa a concretização de um desejo com quase sete anos, tendo em conta o número significativo de fregueses que temos n’O Prego da Peixaria e o desenvolvimento deste concelho nos últimos anos”, diz.
“Trata-se de uma unidade de produção, com os mesmos níveis de exigência e qualidade que encontramos em todos os nossos restaurantes. Estarão disponíveis as principais marcas de delivery do grupo, presentes nas duas plataformas parceiras (Uber Eats e Glovo) e irão cobrir áreas como Almada, Cacilhas, Feijó, Laranjeiro e parte da Caparica”, descreve.
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A dark kitchen reúne oferta de O Prego da Peixaria, da Olivia Burgers, da A-BAO-T (baos asiáticos), da Dionisio (garrafeira virtual), da Amor Y Odio (burritos mexicanos) e da Brothers & Sisters (food court virtual na Glovo e que reúne estas marcas todas, pagando apenas uma taxa de entrega).
A abertura de “dark kitchens” tem sido uma tendência no sector da restauração, sobretudo, desde o eclodir da pandemia que levou ao encerramento dos espaços físicos durante o confinamento, permitindo apenas o takeaway e as entregas ao domicílio.
“Uma dark kitchen ou “restaurante fantasma” é um restaurante que não tem portas abertas para a rua e existe apenas para fazer entregas em casa e tem sido uma das tendências do mercado da restauração a nível mundial para responder a esta crise”, explica António Querido.
“Uma das vantagens é conseguir ter custos fixos mais controlados, pois não há determinados gastos como empregados de mesa, copos, toalhas, etc.”, diz. Mas não só. Permite “ter a mesma equipa de cozinha a elaborar diferentes pratos/marcas distintas no mesmo local físico. Como numa cozinha de produção de um hotel com várias valências, conseguindo desta forma chegar a diferentes consumidores”, continua.
Não é necessário um espaço físico tão grande, pois há serviço à mesa, logo o espaço é maioritariamente para a cozinha – “o que faz com que as rendas sejam mais baixas que um restaurante” – e consegue-se “chegar a localizações/bairros onde não tinhas presença física (restaurante dito tradicional)”, destaca.
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O conceito coloca também vários desafios. Exige “seres especialista em diferentes tipos de culinária, conseguindo produzir mais que um tipo de cozinha com qualidade e frescura”, bem como “rapidez de confeção para que os tempos entre a encomenda e a entrega não excedam os 30 minutos (período normal para uma entrega)”, encontrar as “embalagens mais adequadas para o teu tipo de produto” e, por fim, a “localização perfeita e que fique num raio de entregas com elevada densidade populacional e poder de compra”.
“As dark kitchens podem optar por ter entregas próprias ou recorrendo a parceiros. Nós optamos por externalizar nesta fase e trabalhamos com a Uber Eats e a Glovo, em que todas as nossas marcas estão lá presentes”.
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