//Grupo dono do MARL com lucros acima de 4 milhões

Grupo dono do MARL com lucros acima de 4 milhões

Já foi um elefante branco, hoje o MARL é o “porta-aviões do grupo em termos das plataformas logísticas de base agroalimentar”, assegura Rui Paulo Figueiredo, presidente do SIMAB, a gestora pública das plataformas logísticas de Lisboa, Braga, Évora e Faro, do grupo Parpública. Os mais de 100 campos de futebol do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) já são poucos para a mais de uma dezena de pedidos de empresas que se querem instalar na plataforma e o SIMAB estuda um polo 2 na Margem Sul. Dores de crescimento também sentidas no mercado abastecedor de Braga. Só a sul – Faro e Évora – é que a retração da economia já se faz sentir.

Feitas as contas, até setembro, o grupo SIMAB obteve lucros acima dos 4 milhões, mais 6,3% do que há um ano. “Se tudo correr bem, em termos do resultado líquido, vamos fechar 2020 entre os 5,3 e os 5,4 milhões (cerca de 385 mil euros a mais do que no ano anterior). Temos mantido a mesma tendência de setembro em outubro, com a evolução da pandemia e da possível tomada de outro tipo de medidas, podemos ter algum efeito, mas arrisco dizer que o balanço no final do ano será sempre positivo.” Projetos de consultadoria internacional em Cabo Verde, China e Quénia suspensos à espera da evolução da pandemia.

Como é no fim de semana

Em Portugal, os efeitos da covid fizeram logo sentir-se. No entanto, neste fim de semana – apesar do retalho fechado a partir 13h, com apenas as lojas de retalho alimentar até 200 metros quadrados a poderem manter as portas abertas -, o MARL vai estar aberto aos operadores grossistas. Os mercados DE Évora e Faro funcionam “normalmente”, mas a partir do próximo fim de semana entram em vigor as regras que passam a abranger 191 concelhos do país.

Rui Paulo Figueiredo é cuidadoso nos cenários traçados, mas admite que a pandemia tem “poupado” o setor agroalimentar e de logística onde se movimentam as 3500 empresas instaladas nas plataformas logísticas do grupo. “Dos 101 hectares do MARL, temos em fase final de construção cerca de 11 mil metros quadrados (m2)”, adianta, para instalar a Torrestir, a Frutobel e a Petit Forrestier, num investimento privado na ordem dos 13 milhões.

“Espaços disponíveis só temos cerca de 10 mil m2”, o que significa que com as “várias propostas em cima da mesa” pode “esgotar a capacidade que temos aqui no MARL”, admite. “Temos pedidos para 16 mil m2”, revela, sem detalhar com que empresas estão a negociar. Ou seja, falta 6 mil metros quadrados. “Estamos a estudar com o Município de Loures alternativas que nos permitam crescer”, adianta. E, ao mesmo tempo, a Área Metropolitano de Lisboa “tem estado a desenvolver um estudo – atrasou-se um pouco por causa da pandemia – de análise das dinâmicas logísticas e tudo parece indiciar um possível pólo do MARL na Margem Sul”, refere, sem adiantar datas, nem possíveis localizações para o polo 2.