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O grupo ISQ APAVE Angola, empresa portuguesa do setor petrolífero, estima para 2022 um volume de negócios de cerca de 11 milhões de euros e quer duplicar faturação e alargar o número de trabalhadores nos próximos cincos anos.
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A informação foi transmitida hoje pelo seu presidente, Pedro Matias, dando conta que o grupo quer alargar a sua operação em Angola, onde desenvolve a atividade há 20 anos, por acreditar no desenvolvimento socioeconómico do país africano.
“Nós estamos a crescer em Angola, este ano vamos já fechar com cerca de 10 a 11 milhões de euros de volume de negócios e a nossa ambição é no espaço de cinco anos duplicar esta faturação” no país, afirmou hoje o responsável à Lusa.
Falando à margem da visita que o secretário de Estado da Economia de Portugal, João Neves, efetuou às novas instalações da empresa, em Luanda, Pedro Matias considerou que a presença do governante português sinaliza a importância das ações da sua empresa em Angola.
A presença do membro do Governo português “demonstra a aposta que o grupo ISQ em Portugal com a sua parceira APAVE em França está a fazer para o mercado angolano”.
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“Nós estamos em Angola há 20 anos e queremos continuar em Angola nos próximos 20 anos, acreditamos no desenvolvimento económico e social de Angola e, por isso, temos a ambição de no prazo de cinco anos duplicar a nossa operação em Angola”, reiterou.
O reforço da operação da ISQ APAVE em Angola passa também pela duplicação do atual número de trabalhadores, cerca de 110, maioritariamente angolanos, e consequentemente o volume de negócios.
Inspeções técnicas, ensaios não destrutivos, ensaios metalúrgicos e formação nos setores petrolífero, química, petroquímica, produção de energia e agroindustrial são as atividades que o grupo desenvolve em Angola.
O secretário de Estado da Economia de Portugal, João Neves, em visita, a Angola, inaugurou e visitou hoje as novas instalações da ISQ APAVE, localizadas na rua Kima Kienda, bairro Boavista, distrito urbano da Ingombota, em Luanda.
Para Pedro Matias, que se recursou falar do investimento efetuado nas novas instalações da empresa, o espaço, composto por compartimentos administrativos, de apoio logístico, academia e outros deve “otimizar e criar mais valor, eficácia e eficiência” na sua operação.
“E com isto permitir aos nossos clientes uma melhor performance da sua operação”, apontou.
Questionado sobre os obstáculos que ainda enfrenta em Angola, onde opera há duas décadas, o presidente da ISQ APAVE minimizou os obstáculos administrativos e processos burocráticos, que assumiu enfrentar, considerando que os mesmos fazem parte dos “tramites normais”.
Há “sempre obstáculos, isso é como tudo, há obstáculos em Portugal, há obstáculos em qualquer país que operamos, muitas vezes não devemos escamotear isso, às vezes há obstáculos administrativos, às vezes até alguns processos são burocráticos, que nós compreendemos”.
“As coisas têm as suas regras, têm que seguir os seus tramites normais, por vezes as coisas demoram às vezes um pouco mais de tempo do que aquilo que quem está nas operações gostaria”, apontou.
A questão dos recursos humanos, acrescentou, “é muito importante, nós queremos cada vez mais inserir mão de obra local, mas para isso precisamos também que o trabalhador angolano suba na cadeia de valor”.
“Por isso apostamos muito na formação, temos também um forte investimento na nossa academia para permitir realmente que haja mão de obra qualificada para depois poder trabalhar para indústrias de ponta como esta indústria do óleo e gás”, rematou o investidor português.
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