//Grupo Joaquim Chaves inicia digitalização das operações

Grupo Joaquim Chaves inicia digitalização das operações

O grupo Joaquim Chaves Saúde quer transformar digitalmente todas as operações. O plano é ambicioso e de muito longo prazo, mas já está em curso. A primeira fase do projeto Cort-X arrancou em janeiro e passa por digitalizar todos os processos administrativos do grupo, um trabalho que se prevê concluido até março de 2023. O processo avança com coordenação tecnológica da Salesforce e consultoria da Deloitte na implementação.

“Este é o projeto mais disruptivo do grupo”, afirma Miguel Veludo, diretor do serviço ao cliente na JCS e responsável pela primeira fase do Cort-X. A ideia de digitalizar as operações do grupo surgiu para acompanhar a tendência da transformação digital, por um lado. Por outro, nesta primeira fase, justifica-se pela necessidade crescente “de conhecer o cliente”.

A JCS divide-se em quatro áreas de negócio – análise laboratoriais, clínicas médicas, clínicas de radioncologia e fitness. Estas áreas traduzem-se, de norte a sul de Portugal e Moçambique, em “mais de 200 pontos de colheita próprios, mais de 150 postos de colheita de terceiros, oito clínicas médicas, oito clínicas de radioncologia e um ginásio”. Até agora, o tratamento de dados dos clientes “era segmentado”. Ou seja, a JCS não tinha forma de saber se um utente de um laboratório também frequentava o ginásio do grupo ou era cliente de uma das clínicas médicas. “Não havia um cruzamento de dados e, por isso, não conhecíamos a jornada do nosso cliente”, diz.

“Esse problema será ultrapassado com este projeto de transformação digital. O intuito é conhecer melhor o nosso cliente, principalmente num grupo como o nosso que está a diversificar a oferta. Faz todo o sentido conhecer o historial dos clientes – e também dos seus agregados, que também podem ser ou tornar-se nossos clientes”, sublinha Miguel Veludo.

“Precisavamos de dar este salto, que vai permitir conhecer o cliente numa visão 360° e não permitir que ele saiba mais sobre a sua jornada dentro do grupo do que nós próprios”, adianta o responsável.

O que está a fazer o grupo? Nesta primeira fase, explica o gestor, a JCS pretende implementar uma platafora de CRM (sigla anglo-saxónica para gestão da relação cliente-serviço) que permita harmonizar num único sistema todos os dados de quem frequenta as unidades e recebe serviços do grupo. “Esta transformação digital vai permitir a agregação dos sistemas de cada uma das áreas de negócio numa única ferramenta”, detalha Miguel Veludo.