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O grupo hoteleiro Olivia Singular Houses quer ganhar dimensão no mercado nacional. Há cerca de ano e meio estreou-se neste negócio com quatro unidades no Porto, num investimento da ordem dos dez milhões de euros a cargo da Lince Capital, sociedade de capital de risco portuguesa. Neste período, o Exmo Hotel by Olivia, as guesthouses 1872 River House e Marquês Garden House, e o 1895 Apartments ganharam o seu espaço com um conceito assente na qualidade e personalização do serviço, apesar da grande competitividade do mercado, diz Carlos de Freitas, diretor-geral do grupo. Agora, “o nosso objetivo é fazer crescer a marca Olivia, dar-lhe notoriedade”. O plano de expansão tem como prioridade o Porto e Lisboa, sem descartar oportunidades que possam surgir em Évora, na Costa Vicentina e no Douro.
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Segundo Carlos de Freitas, a Lince Capital não tem uma cifra definida para alavancar a expansão, mas tem regras precisas: unidades entre 15 e 40 quartos e boa localização. São critérios que também estão presentes nas unidades em operação. O Exmo e o Marquês Garden têm ambos 16 quartos, a River House conta oito e o 1895 Apartments dispõe de quatro estúdios, todos situados na zona central da cidade. As operações de investimento podem integrar a compra, reabilitação e gestão de um edifício, um contrato de management de um hotel pronto a operar ou mesmo uma unidade flagship.
“Estamos no processo de identificação em Lisboa e no Porto e não fechamos opções”, realça. O essencial é “manter a identidade” da marca, “não é fazer copy paste, mas garantir guesthouses tipicamente portuguesas, com a nossa hospitalidade”. Carlos de Freitas afasta o carimbo de luxo, que considera subjetivo, frisando que a marca Olivia são “detalhes, a antecipação de necessidades, o serviço, a qualidade. Não é uma hotelaria tradicional”. Para o responsável, “o Douro seria um passo natural como complemento das unidades do Porto”, na medida em que oferece a possibilidade de criar pacotes com estadias nos dois territórios. Nestes tempos de incertezas, o desafio da expansão “ainda é maior, o produto tem de ser muito bem gerido e rentável”, sublinha ainda.
As operações na Invicta têm registado taxas de ocupação “fantásticas”, com a exceção do primeiro trimestre deste ano. Os hóspedes são maioritariamente estrangeiros – 99,9%, revela -, com uma estadia média de duas noites, mas o grupo Olivia não pretende esquecer os turistas nacionais e também o segmento corporate. Segundo revela Carlos de Freitas, a marca vai começar a trabalhar o produto empresas, assim como a realização de eventos. Para o próximo ano, o gestor quer abrir o bar do Exmo aos transeuntes e aproveitar a galeria deste boutique hotel para a realização de reuniões e eventos corporativos. Na guesthouse do Marquês, que tem jardim e piscina, o objetivo é promover a realização de festas, como aniversários e mesmo casamentos. Carlos de Freitas perspetiva que 2024 seja um ano em que a procura se manterá alta.
Na opinião do gestor, Portugal continua a ser um destino turístico atrativo. “A segurança do país – não há preço que pague – o tamanho do território que facilita viagens, a gastronomia, o vinho, o clima, o ensino e a saúde são fatores que atraem os estrangeiros, e a hospitalidade”, realça. Carlos de Freitas assumiu este verão a direção do Olivia, alavancado numa carreira de 40 anos no setor hoteleiro, construída entre Portugal e o estrangeiro.
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