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Eram dezenas de pessoas acumuladas à porta do Centro Colombo antes do Natal, e agora com as trocas de presentes e os saldos foi o Vasco da Gama a ser obrigado a fechar portas para controlar os acessos, de forma a cumprir as regras de lotação impostas pela pandemia. E não são caso único, admite a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), que alerta para o impacto das restrições adicionais dos horários aos fins de semana, resultando numa elevada concentração do número de visitas nas horas permitidas.
“O Centro Vasco da Gama tem registado um aumento do número de visitas em linha com o expectável nesta altura do ano, devido ao período de trocas e de saldos”, reconhece fonte oficial da administração do shopping da Sonae Sierra. “Como fez desde o início da pandemia, cumpre escrupulosamente as medidas estabelecidas pelo governo e pelas autoridades da Saúde para controlo da propagação do novo coronavírus, nomeadamente os limites de lotação do espaço, o que implica que, ocasionalmente, seja necessário condicionar as entradas, tal como acontece em todos os outros espaços públicos e de comércio”, justifica.
As regras impostas pelo governo para controlar a propagação da covid determinam, à semelhança de todo o retalho, uma lotação de cinco pessoas por cada cem metros quadrados nos shoppings, regra que também se aplica às entradas das lojas. Uma limitação que, nesta época do ano, está a gerar filas à porta, sobretudo dos centros comerciais, que habitualmente já atraem muitos visitantes. E levando-os a ter de gerir entradas, à semelhança do que acontece nos supermercados.
“A APCC tem conhecimento da necessidade de controlo temporário de acessos ao interior dos centros comerciais, em vários dias, especialmente em alguns dos centros comerciais caracterizados por um elevado volume de tráfego. Isso deve-se ao controlo de lotação nos centros comerciais imposto pelas atuais medidas de contingência, que fixaram uma lotação máxima de cinco pessoas por cada cem metros quadrados, o que representa a lotação mais baixa permitida entre os países parceiros europeus”, lamenta a associação liderada por António Sampaio de Mattos.
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A situação tem vindo a acentuar-se com as últimas medidas determinadas pelo estado de emergência em dezenas de concelhos do país. “As restrições adicionais de horários, nomeadamente nos últimos fins de semana, resultaram num aumento da concentração do tráfego em determinados momentos, o que levou os centros comerciais a adotarem procedimentos de controlo de acessos – não encerrando as portas mas controlando a entrada faseada dos clientes – de forma a garantir uma lotação sempre inferior a 100%”, diz fonte oficial da associação.
As filas à porta começaram a formar-se em alguns shoppings na época do Natal, mas agora tem-se agravado, à boleia do arranque dos saldos e o período de trocas – mesmo que neste ano estendido até ao final do mês no caso das lojas que aderiram ao Selo Troca Jan 2021 -, combinado com as restrições de horários.
Compras à distância
Para evitar aglomerações em épocas de pico de procura, muitos centros criaram ainda sistemas de drive-in ou cacifos digitais que permitem que os clientes possam fazer a simples recolha de compras realizadas através do site, do e-mail ou do telefone nas lojas. A Sonae Sierra, por exemplo, tem um serviço de concierge, que permite aos clientes do CascaiShopping, do NorteShopping e do Vasco da Gama requisitar no website os produtos que querem adquirir, sendo as compras asseguradas pela equipa de concierge e entregues ao cliente no espaço drive-in ou ao domicílio, no dia e hora agendados.
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