//High Bridge inverte marcha na Pharol. Retira pedido para afastar administradores

High Bridge inverte marcha na Pharol. Retira pedido para afastar administradores

A uma semana da assembleia-geral da Pharol, o fundo High Bridge inverte marcha e solicitou a retirada do pedido de afastamento de quatro administradores da empresa, a sua substituição por três da sua confiança e a redução do número de elementos do conselho de 11 para 9.

A decisão do High Bridge surge num momento em que pelo menos um acionista espanhol da Pharol tinha solicitado à CMVM que investigasse eventuais ligações do fundo a Nelson Tanure, empresário brasileiro a quem são apontadas relações a outros fundos com participação na Pharol. O próprio regulador já estava a desenvolver diligências nesse sentido, apurou o Dinheiro Vivo. Contactada a CMVM não quis comentar esta informação.

Os estatutos da Pharol, recorde-se, tem um teto de 10% dos direitos de voto, impedindo os acionistas de votar acima disso, mesmo que, direta ou indiretamente, controlem uma participação no capital superior.

O fundo, que detém 9,99% do capital social da Pharol, tornando-o o segundo maior acionista da empresa depois da Telemar/Oi, pediu a retirada dos pontos 5, 6 e 7 da ordem de trabalhos da assembleia geral anual da sociedade, cuja inclusão havia requerido a 11 de março.

No requerimento, a High Bridge pretendia reduzir o número de elementos do conselho de administração, de 11 para 9 (pouco tempo depois de os acionistas da Pharol terem votado pelo aumento do número de administradores para incluir um representante da brasileira Oi), bem como a destituição de quatro administradores: Maria do Rosário Pinto Correia, Maria Leonor Modesto, Pedro Morais Leitão e Jorge Cardoso, este último representante do Novo Banco, terceiro maior acionista da Pharol com 9,56%.

Em sua substituição propunha três nomes: Denise dos Passos Ramos e Carlos Bulhões Pereira, profissionais ligados ao empresário Nelson Tanure, bem como de Ronaldo Carvalho da Silva e o português João Pisco de Castro, da Visabeira. O nome deste último já tinha sido, entretanto, retirado já que fazia parte do conselho fiscal, não podendo acumular este cargo com o de administrador.

“Na sequência deste pedido os acionistas de referência da Sociedade encetaram conversações entre eles, com vista a alcançar um entendimento que levasse à desnecessidade de submeter aqueles pontos a discussão e votação na assembleia geral ordinária de 29 de março de 2019”, informa a Pharol. Tendo “em boa” chegado a um consenso, levando à retirada dos pontos.

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