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Os cuidados de saúde à distância foram normalizados pela pandemia, mas a Hope Care já se especializa em soluções de telecuidado desde 2012, altura em que nasceu pela mão de José Paulo Carvalho num trabalho de final de curso do Executive MBA da AESE Business School. Para o fundador da empresa, “o telecuidado pode transformar os cuidados de saúde como os conhecemos”.
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Os cuidados à distância permitem que os doentes permaneçam em casa, evitando internamentos desnecessários, o que pode “aliviar a pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde, permitindo um melhor acesso aos cuidados daqueles que mais precisam”, explica José Paulo Carvalho.
A personalização dos serviços faz-se por meio de sistemas analíticos baseados em Inteligência Artificial, que recolhem dados através de dispositivos de monitorização remota como sensores e wearables (dispositivos tecnológicos que possam ser utilizados diariamente, como relógios inteligentes, por exemplo), que permitem criar perfis para cada doente.
Os sistemas são ainda capazes de detetar anomalias e alertar os prestadores de cuidados de saúde para potenciais problemas, permitindo que intervenham rapidamente e “reduzam o risco de complicações”.
Durante a pandemia este tipo de cuidados de saúde tornou-se cada vez mais normal, o que impactou “de forma positiva” a Hope Care, uma vez que a procura por soluções de saúde digital aumentou significativamente. “A telemedicina ganhou maior importância e relevância, especialmente para cuidados de saúde primários e seguimento de doentes crónicos”, sublinha o fundador da Hope Care.
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Mesmo no pós-pandemia, a telemedicina e monitorização remota de doentes apresentam várias vantagens, tais como maior eficiência, conveniência, redução de custos e, sobretudo, melhor qualidade de vida para os doentes.
Resultados práticos dos telecuidados
A Hope Care tem trabalhado em parceria com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em diversos projetos para fornecer soluções de telemedicina e telecuidados. Exemplo disso é o HCAlert, uma plataforma de monitorização remota de doentes que já foi utilizada em projetos-piloto em hospitais públicos.
O projeto DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – através da solução HCAlert -, que teve uma duração de três anos, obteve uma redução de 50% no reinternamento hospitalar e as visitas ao serviço de urgência por pessoas com DPOC reduziram em 30%.
Um outro projeto focado na Insuficiência Cardíaca, que esteve em funcionamento durante um ano no Centro Hospitalar Universitário de Cova da Beira, permitiu uma redução de 56% no reinternamento hospitalar, de 45% no número de dias de internamento e de 85% nos episódios de emergência.
A utilização do HCAlert nestes projetos permitiu obter “resultados significativos em termos de poupança hospitalar e resultados clínicos”, explica José Paulo Carvalho, fundador da Hope Care que foi recentemente distinguida pela AESE com o Business in Action 2023, cujo evento decorrerá a 18 de maio.
O empresário aproveita ainda para assinalar o Dia Mundial da Saúde, que se celebra esta sexta-feira, 7 de abril, deixando uma mensagem a todos sobre a importância da literacia em saúde e o seu “papel fundamental na capacidade das pessoas para tomar decisões informadas sobre a sua saúde e bem-estar”.
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