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2022 foi um ano de recordes para o turismo nacional e também para as empresas do setor. A Hoti Hotéis seguiu em linha com as projeções e vai fechar o ano com um resultado histórico de 80 milhões de euros em volume de negócios, acima dos 74 milhões de euros registados em 2019. Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) fixou-se em 33 milhões de euros – acima dos 32 milhões de euros do pré-pandemia.
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Com uma descida na taxa de ocupação, e com menos hóspedes em comparação com 2019, a boa performance da tesouraria fez-se à boleia do aumento dos preços. Desde janeiro, o grupo subiu as tarifas em 12%, de forma a refletir no consumidor final o impacto com os custos da operação que ficaram mais pesados devido à inflação.
A escalada da fatura energética impactou a operação do grupo que detém um portefólio com 18 hotéis e 2900 quartos e assume-se como uma ameaça para os próximos meses. “O facto de termos crescido 10% em volume de negócios total mas menos de 5% em resultado operacional indica que a globalidade da estrutura se tornou mais pesada este ano. Um dos aspetos que teve um impacto mais significativo foi que a partir de meio do ano deixámos de estar a trabalhar com contratos de longo prazo de compra de energia e passámos a estar sujeito aos preços que assumiram valores galopantes. Se esta realidade se mantiver em 2023 terá um impacto muito superior”, referiu esta sexta-feira, 16, o CEO do grupo, Miguel Proença, num encontro com jornalistas.
Apesar dos desafios que se avizinham no próximo ano, as perspetivas são otimistas e a meta é fechar 2023 com um resultado de 89 milhões de euros. O administrador admite que os preços possam voltar a sofrer aumentos nos próximos meses, em linha com a inflação.
Na lista dos principais clientes dos hotéis do grupo, destaca-se ainda o crescimento dos turistas norte-americanos nos dois hotéis junto ao aeroporto da capital. O mercado do Estados Unidos lidera já a ocupação das unidades com um peso de 22%, seguindo-se o mercado interno e o brasileiro com uma quota de 18%.
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210 milhões de euros para imobiliário e hotelaria
Os planos de crescimento estão afinados até 2027 com a aposta na hotelaria e no mercado residencial. Para o primeiro, o grupo conta com um cheque de 100 milhões de euros para o desenvolvimento de oito hotéis. A estreia no imobiliário far-se-á com três projetos que custarão 110 milhões de euros e que correspondem a 55 mil metros quadrados de capacidade construtiva.
Conforme o Dinheiro Vivo avançou, o grupo irá arrancar com a construção de 82 apartamentos na Avenida da Boavista, no Porto, num investimento de 30 milhões de euros. A restante fatia do orçamento, no valor de 80 milhões de euros, será alocada em Vila Nova de Famalicão e Aveiro.
Já expansão do portefólio no segmento principal de negócio prevê a abertura de oito hotéis em Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Porto, São João da Madeira, Coimbra e Aveiro. A expansão internacional também é um dos objetivos a curto prazo e região da Galiza, na vizinha Espanha, é a aposta prioritária em parceria com a marca Meliá.
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