Há muito que a data para o divórcio está fixada: 29 de março de 2019. Mas nem o facto de a data se estar a aproximar a passos largos faz com que haja um acordo entre o Reino Unido e União Europeia para a saída dos britânicos do bloco económico. E a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA na sigla em inglês) junta-se ao coro de alertas que vários atores económicos têm lançado em relação à possibilidade de não ser alcançado um acordo para o divórcio.
Para a IATA não dúvidas: se Londres e Bruxelas não chegarem a um entendimento nas próximas semanas, a indústria aeronáutica deve preparar-se para o caos, escreve a Bloomberg. Entre os principais receios apresentados pela Associação estão os direitos inerentes às aterragens em solo britânico, as licenças dos pilotos e a comercialização de aviões.
“Há imensas questões técnicas que são absolutamente fundamentais para assegurar um tráfego aéreo calmo e eficiente, que não estão resolvidas e que devem ser”, disse o CEO da IATA, Alexandre de Juniac, citado pela agência de informação.
Estas palavras surgem depois de, no mês passado, o governo de Theresa May ter alertado que – e caso não haja um acordo – os aviões britânicos correm o risco de não poder voar se a UE não conceder também as devidas aprovações aos seus aviões e companhias aéreas para poderem voar.
“Se nada for feito, vai ser um pesadelo nos aeroportos britânicos e europeus, para os passageiros e para nós”, disse o responsável. “Vender bilhetes relativamente aos quais não estamos totalmente seguros que vamos conseguir cumprir está a começar a tornar-se preocupante para nós – e estou a ser tentar ser educado!”.
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