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O mês de janeiro trouxe um crescimento de 35% em termos homólogos do volume transacionado pela fintech portuguesa Ifthenpay, empresa de Santa Maria da Feira que emite e gere referências para pagamentos. No primeiro mês de 2021, a empresa transacionou 67 milhões de euros.
“É um valor muito bom, mas temos a noção de que incorpora o confinamento que vivemos”, aponta Filipe Moura, co-CEO e cofundador da Ifthenpay. “Depois do confinamento, prevemos continuar com bom crescimento face ao ano anterior, mas mais moderado.” Para 2021, o objetivo já está traçado: a empresa pretende ultrapassar os 800 milhões de euros, “o que representa um crescimento de praticamente 20%” face aos 670 milhões em 2020.
Além do volume de transações, também o número de entidades aderentes cresceu ao longo de janeiro. A Ifthenpay quer ultrapassar as 20 mil entidades aderentes neste ano, depois de ter terminado 2020 com 17 700 entidades aderentes. A empresa cobra uma comissão por cada referência que seja efetivamente paga, com o tarifário a variar entre os sete cêntimos por referência MB Way, 22 cêntimos por referência multibanco ou 57 cêntimos para um pagamento PayShop (valores a que acrescem IVA).
Pelos dados do primeiro mês de 2021, os esforços no campo das entidades aderentes decorrem “a bom ritmo”, afirma o co-CEO e cofundador. “Por cada dia de trabalho, tivemos uma média de 14 novas entidades”, com “toda a documentação associada, contrato assinado e, logo, ativo”, o que perfez um número de 288 novas entidades aderentes em janeiro. Feitas as contas, trata-se de um crescimento de 104% face a janeiro de 2020, indica.
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Mas, mais uma vez, a Ifthenpay não esquece o cenário e o efeito do confinamento. “Sabemos que todos os meses deste ano vão ser de forte crescimento, mas depois de o confinamento passar, este crescimento será mais moderado”. Entre as entidades aderentes que podem disponibilizar aos clientes referências para pagamentos, estão empresas de diversas dimensões, explica o responsável, “desde micro empresas até grandes empresas cotadas em bolsa ou também empresários em nome individual”. Numa perspetiva “mais tradicional”, há as associações ou condomínios.
Embora alguns setores tenham visto o volume de transações decrescer em 2020 (como as viagens ou eventos), outros setores cresceram. “Tudo aquilo que esteja relacionado com comércio de bens essenciais, como alimentação, bebidas, artigos para o lar, etc.” Também foi sentido um aumento a nível de comércio entre empresas, “de qualquer tipo de mercadorias”, já que o processo de encomenda “passou a ser mais automatizado e a encomenda via website está a tornar-se habitual.”
A referência multibanco continua a ser o método de pagamento digital preferido dos portugueses. “Tem a particularidade de ser um método com muitos anos, que atravessa gerações, o que faz com que uma pessoa de qualquer idade a saiba utilizar”, explica Filipe Moura. Já o MB Way “está presente nas gerações mais novas, mas tem vindo a ganhar terreno”. Em janeiro, a referência multibanco representou cerca de 68% dos pagamentos e o MB Way 30%. O restante diz respeito aos pagamentos feitos através de PayShop.
Nos planos para este ano está ainda a disponibilização de “cartões de crédito online”, método usado por algumas pessoas e que “também facilita vendas para outros países, seja da UE ou do resto do mundo”.
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