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O ministro das Finanças reiterou esta-sexta-feira, 16, que apenas teve conhecimento da indemnização paga a Alexandra Reis, no valor de meio milhão de euros para sair da TAP, quando recebeu, a 21 de dezembro de 2022, um pedido de esclarecimento de um “órgão de comunicação social”. Três dias depois, a 24 de dezembro, o Correio da Manhã noticiava a polémica.
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“Só tive conhecimento no dia 21 de dezembro [da indemnização] quando recebemos perguntas de um órgão de comunicação social sobre o enquadramento da saída de Alexandra Reis”, respondeu Fernando Medina ao deputado bloquista, Pedro Filipe Soares, na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP (CPI).
O governante explica que que falou com Alexandra Reis “logo a seguir” da notícia ser divulgada. “No dia 21 tive acesso à informação pela primeira vez, não falei com Alexandra Reis [nesse dia], falei logo a seguir. Tive a convicção de que se tratava de um valor particularmente significativo”, assumiu.
Fernando Medina refere que, depois do Natal, a 26 de dezembro, enviou “em conjunto com o ministro Pedro Nuno Santos um pedido formal à TAP para que informasse formalmemte de tudo o que tinha acontecido”.
Sobre a legalidade da indemnização, Medina referiu que não fez “nenhuma avaliação da legalidade do processo antes de ter o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF)”.
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Já a 27 de dezembro decidiu demitir Alexandra Reis do governo, que tinha acabado de assumir a Secretaria de Estado do Tesouro. “Considerei não haver condições políticas para o desempenho do cargo e a engenheira Alexandra Reis aceitou de imediato e apresentou a sua demissão. Tornou-se claro a incompreesnão do país de uma indemnização daquele montante de uma empresa que estava na situação em que estava, e não havia condições do Ministério das Finanças de assegurar a autoridade se Alexandrea Reis se mantivesse em funções”, garantiu.
Fernando Medina referiu que foi a própia Alexandra Reis a manifestar, desde o início da polémica, a intenção de colocar o lugar à disposição uma vez que não queria ser fonte “de qualquer problema no governo”.
“Temos de ter a capacidade, em cada momento, de fazer a avaliação das condições políticas objetivas. Foi meu entendimento que a partir de determinado momento seria mais prejudicial do que benéfico a manutenção de Alexandra Reis no governo”, atestou.
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