//Indústria transformadora com exportações a crescer a dois dígitos

Indústria transformadora com exportações a crescer a dois dígitos

A metalurgia e a metalomecânica exportaram, nos primeiros seis meses do ano, 10 120 milhões de euros, um aumento de 32% face ao período homólogo. São 2500 milhões a mais do que no ano passado, graças à recuperação progressiva dos mercados tradicionais do Metal Portugal, designadamente Espanha, Reino Unido e França que, em conjunto, representam 75,8% das vendas ao exterior desta indústria.

“Este primeiro semestre demonstra que, mesmo com uma falta de matérias primas crescente, associado a um aumento exponencial do seu custo, e com a subida exponencial do custo de transporte, as empresas do Metal Portugal são resilientes e reagiram da forma mais adequada a uma crise pandémica que afetou profundamente a economia portuguesa e a economia mundial”, diz o vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP).

Para Rafael Campos Pereira, o crescimento, obtido apesar de todos os constrangimentos causados pela pandemia, “vem demonstrar e reforçar mais uma vez a importância do setor na estabilização e recuperação da economia portuguesa”. E, por isso, defende, “é essencial resolver o mais rapidamente possível a crise que se atravessa no que diz respeito às matérias primas”.

Rafael Campos Pereira deixa ainda um alerta: “Naturalmente que a performance do setor depende também de não haver mais retrocessos e medidas restritivas em torno da pandemia”.

Já o têxtil e vestuário exportou mais de 2630 milhões de euros até junho, o que representa um crescimento de 18,5% face ao primeiro semestre de 2020. São 411 milhões de euros a mais.

Só o vestuário, o subsetor que mais sofreu com a pandemia, registou um acréscimo de 23% nos primeiros seis meses do ano, uma evolução que está a ser dinamizada sobretudo pela roupa de malha, embora haja já “alguns sinais positivos” no vestuário de tecido.