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Expansão, aquisições e a contratação de 160 pessoas durante o ano, maioritariamente em Portugal e na Índia, são as prioridades da portuguesa InnoWave, que revê os objetivos para 2022, depois de ter atingido resultados acima do esperado no último ano, quando acrescentou um escritório focado em cyber e IoT, em Beja, às instalações de Lisboa, Porto e Coimbra.
Até ao final deste ano, a multinacional planeia abrir mais duas localizações em território nacional para “continuar a trazer valor aos clientes, à medida que estes aceleram na sua viagem de transformação digital”. E os planos de Tiago Gonçalves são ambiciosos, apontando a 30,9 milhões de euros de faturação neste ano.
Com os resultados financeiros de 2021 a atingir 24,1 milhões de receitas consolidadas, um aumento de 23% em relação a 2020, a InnoWave revê as suas perspetivas de negócio para 2022, apostando num crescimento de 28% – dos quais 16% serão conseguidos por via orgânica e 12% através de aquisições. “Já temos duas empresas identificadas e estamos a começar o processo de due dilligence”, revela ao Dinheiro Vivo o CEO, adiantando que uma está sediada “em Portugal mas tem negócio significativo internacional, no Reino Unido, e a outra na Índia, na área de salesforce, com negócio significativo nos EUA”.
No último ano, a área de salesforce foi uma das de maior crescimento para a tecnológica portuguesa, a par de Internet of Things (IoT), cibersegurança, testes automáticos de software e blockchain. E neste ano os esforços não abrandarão: “A área de gamificação vai evoluir para a web3/blockchain, com funcionalidades de NFT e tokens”, desvenda Tiago. “Mas ainda não podemos fazer disclose de mais informação.” Em termos de regiões, o CEO antecipa crescimento em “todas as estruturas internacionais – Bélgica, Reino Unido, EUA e Índia” -, ainda que acredite que, “proporcionalmente, a Índia vai progredir mais”. O que justifica o reforço de recursos humanos, com Tiago Gonçalves a antecipar chegar ao fim de 2022 com um total de 550 pessoas.
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Pandemia ajudou, estratégia foi determinante
Do resultado extraordinário conseguido no último ano, se parte foi conseguida à boleia da aceleração da transição digital, o que mais contou nessa equação, garante ao DV, foram “as opções estratégicas tomadas em 2018 e 2019 para acelerar internacionalização e aquisições estratégicas”.
“O nosso excelente desempenho em 2021 mostra a capacidade de capitalizar a oportunidade de mercado que existe para os agentes tecnológicos mais inovadores. É resultado direto da nossa estratégia de construção de uma organização centrada nas pessoas, contratando os melhores talentos e aumentando a qualificação dos profissionais, e da estratégia de concentração do negócio nas ofertas mais estratégicas e inovadoras, ajudando empresas líderes mundiais usando o melhor da tecnologia (digital, cloud, IoT, segurança, Data & AI e blockchain).”
Nos anos da pandemia, a InnoWave cresceu “45% em 2020 e 23% em 2021” e se “parte disto veio de facto da covid e da necessidade de acelerar a transformação digital”, outros fatores pesaram mais. Tiago elenca: “Na parte de internacionalização, foram feitos investimentos na criação de presença local nos mercados dos EUA e da Índia, onde temos escritório e equipa de gestão local.”
De facto, o mercado internacional da InnoWave é já a fatia de leão dos resultados: valeu 79% da faturação em 2021. Em termos de receitas por geografia, o Reino Unido é o maior contribuinte, com 38%, seguido de Portugal (21%), Benelux (18%) e EUA (16%). Quanto à Índia, subiu a 7% do volume de negócios global. Comunicações, media & tecnologia representam 79% do negócio, com os serviços financeiros e seguros a pesar 11% e a energia 7%.
“Na parte de aquisições, conseguimos a Wintrust, empresa líder em Portugal na área de testes de SW e Qualidade, e a Vigie Solutions, detentora de uma solução cloud de tecnologia de saúde que permite a gestão mais eficiente e segura de hospitais, farmacêuticas e laboratórios, permitindo a monitorização inteligente de processos críticos com IA e recolha em tempo real de dados vindos de sensores”, diz Tiago Gonçalves.
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