O ministério das Finanças de Itália estará a fazer um inventário de um conjunto de imóveis que não estão a ser utilizados – como instalações militares e hospitais –, detidos pelas autoridades nacionais e regionais, para ser vendidos. Roma pretende angariar 1,8 mil milhões de euros, de acordo com fontes da agência de informação Bloomberg.
O objetivo desta medida é ajudar a controlar a dívida do país, que está em níveis elevados. Os últimos dados, datados de novembro, mostram que a dívida transalpina tinha escalado para o valor mais elevado de sempre, atingindo os 2,35 biliões de euros, o que representa 133% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Este plano para vender imóveis estará ainda numa fase inicial e os detalhes do mesmo devem ir sendo conhecidos ao longo do próximos meses. A expectativa é que os primeiros imóveis cheguem ao mercado no final de 2019.
O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, escreve a agência, já admitiu publicamente que o governo espera que as medidas inscritas no Orçamento do Estado impulsionem a recuperação daquela que é a terceira maior economia da área do euro, na segunda metade do ano.
Roma estará assim a preparar-se para alienar património numa altura em que já é público que a economia transalpina entrou em recessão no final do ano passado, algo que não acontecia desde 2013. Ainda assim, o governo antecipa um crescimento na casa de 1% para este ano, algo que contraria a expectativa da maioria dos economistas consultados pela Bloomberg.
O Orçamento do Estado, apresentado em dezembro, antecipa que entrem nos cofres do Estado cerca de 950 milhões de euros este ano, com a venda de imóveis, e 150 milhões nos próximos anos. Segundo a Bloomberg, que cita dados do Tesouro italiano de 2018, o Estado, bem com as autoridades regionais e outras entidades públicas, têm uma carteira de imóveis espalhada pelo país no valor de 283 mil milhões de euros.
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