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A Jerónimo Martins (JM) atingiu 356 milhões de euros de lucros nos primeiros seis meses deste ano. Um crescimento de 95 milhões de euros – 36,4% – quando comparado com o período homólogo, altura em que obteve 261 milhões de euros.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa revelou que de janeiro até ao final do mês passado, as vendas cresceram 22,1%, para 14,5 mil milhões de euros. Só no segundo trimestre, as vendas da JM atingiram os 7,7 mil milhões de euros, o que revela um aumento de 21%.
Quanto ao EBITDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações), aumentou 18,1% para mil milhões de euros.
Diz a empresa, que numa conjuntura de abrandamento económico, o crescimento das suas vendas foi a prioridade estratégica do grupo. “Os bons resultados deste primeiro semestre refletem a determinação e competência colocadas por todas as nossas Companhias em executar, com disciplina, a estratégia definida e em reforçar a liderança de preço e as suas posições competitivas nos respetivos mercados”, frisa Pedro Soares dos Santos.
O presidente da Jerónimo Martins afirma que a companhia se empenhou em gerar as melhores oportunidades de poupança, através de “investimentos em preço, para garantir que os consumidores escolhem as nossas lojas no momento de comprar”.
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Da mesma forma, o responsável garante que para garantir o reforço da proximidade com os clientes das suas lojas, a empresa tem de “cumprir rigorosamente os planos de expansão”, e “apostar nas remodelações como forma de melhorar a capacidade de atração das lojas e a experiência de compra, e concretizar o seu potencial de crescimento”.
Ainda no comunicado enviado à CMVM, a Jerónimo Martins lembra que a inflação alimentar tem vindo a reduzir-se ao longo do segundo trimestre, mas considera que ainda é “difícil antecipar” como decorrerá o resto deste ano, no que à inflação diz respeito. E remete para a volatilidade dos preços a eletricidade, gás e combustíveis, relembrando, ainda, a subida das taxas de juros.
E, para os três países onde opera, a insígnia acredita que a “resiliência do consumo privado dependerá, no entanto, do equilíbrio que venha a verificar-se” entre o aumento dos salários mínimos, a manutenção de taxas de desemprego relativamente baixas e a persistência da inflação e de taxas de juro elevadas.
Assim em Portugal, a JM antecipa que “os desafios colocados pela fragilidade do consumo interno e pela tendência instalada de trading-down permaneçam no segundo semestre de 2023″ e acredita que será o turismo o principal impulsionador do canal Horeca.
Nas suas lojas Pingo Doce, a empresa espera conseguir remodelar até 60 lojas no ano e inaugurar cerca de 10 novas localizações. Já o Recheio vai continuar a investir no canal Horeca.
Resultados em Portugal
O Pingo Doce viu as suas vendas crescerem 8,6%, atingindo os 2,3 mil milhões de euros, no primeiro semestre deste ano. O EBITDA aumentou 7,6%, atingindo 129 milhões de euros.
Até junho, a marca abriu seis lojas, encerrou uma e procedeu à remodelação de 20.
Por seu turno, o Recheio, teve vendas no valor de 632 milhões de euros o equivalente a um aumento de 23,2% face ao mesmo período do ano passado. O EBITDA foi de 32 milhões de euros, 35,4% acima do primeiro semestre de 2022.
Colômbia
A Ara, a marca da JM na Colômbia, obteve vendas de 1,1 mil milhões de euros, ou 31,6% acima do período homólogo. Já o EBITDA foi de 1,7% (3,1% no mesmo período do ano passado), o que significa um recuo 26 milhões de euros no primeiro semestre de 2022 para 18 milhões de euros nos primeiros meses deste ano.
Neste período a Ara abriu 110 novas lojas e fechou duas. No final de junho, a marca tinha 1201 espaços.
Polónia
A Jerónimo Martins tem duas marcas neste país. A Biedronka e a Hebe.
A primeira viu as suas vendas crescerem 24,%, neste primeiro semestre, atingindo os 10,3 mil milhões de euros. Foi este grande aumento que gerou um crescimento de EBITDA de 21%, explica a JM. A Biedronka abriu 50 lojas nos primeiros seis meses do ano e remodelou 164.
Já a Hebe, que abriu 12 lojas, conta agora com 323 espaços. Esta marca conseguiu vendas 115 milhões de euros, mais 26,7% do que em 2022. O EBITDA aumentou 37,5%, com a respetiva margem a atingir 6,8%.
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