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A Jerónimo Martins (JM) foi considerada, em 2021, pelo Programa Forests do CDP (sistema de divulgação global para que as entidades gerenciem seus impactos ambientais) como o retalhista alimentar com o melhor desempenho a nível mundial, pelo terceiro ano consecutivo, anunciou o grupo.
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Este anúncio acontece quando o grupo apresenta os resultados do relatório “Contribuir para um Futuro Positivo para a Floresta”, onde são descritas as ações que a dona do Pingo Doce tem levado a cabo no âmbito do combate à desflorestação. O estudo foi produzido no âmbito da Forest Positive Coalition of Action (FP CoA), iniciativa do The Consumer Goods Forum e a Jerónimo Martins é a única empresa portuguesa entre os seus subscritores.
Deste relatório, a JM destaca a certificação RSPO (Roundtable do Óleo de Palma Sustentável) da totalidade do óleo de palma presente nos seus produtos de marca própria e perecíveis nas suas lojas em território nacional e na Polónia.
Quanto à utilização daquele produto na sua operação na Colômbia, a empresa refere, em comunicado, que 95% do óleo de palma presente nos seus produtos é produzido naquele país, “tendo a Ara aderido à iniciativa do governo colombiano “Acordo Voluntário para a Desflorestação Zero na Cadeia de Óleo de Palma na Colômbia”.
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No que à soja diz respeito, a Jerónimo Martins afirma ter antecipado em dois anos “o compromisso de reduzir em 50% a soja de origem desconhecida para 16% do total de soja direta e indireta (esta última presente nas rações dos animais)”, o que se traduz numa redução de 15% relativamente a 2020.
Fibras
Também as fibras de papel e madeira das embalagens dos produtos de marca própria são recicladas. Em 2021 foram 81%, ou seja, mais 11 pontos percentuais que no ano anterior. O consumo total de fibras virgens nas embalagens foi de 38.710 toneladas, das quais 70% eram certificadas, representando mais 5% do que em 2020.
Quanto às fibras virgens, mais de 80% têm certificado de sustentabilidade o que vai contribuir para os objetivos da empresa de conseguir, até 2030, a totalidade desta certificação.
Carne bovina
“Em conjunto com os seus fornecedores, o Grupo conseguiu mapear a origem de 100% da carne bovina utilizada nos produtos de Marca Própria e perecíveis pelo menos até ao nível do país de produção”, afirma a Jerónimo Martins. E adianta que em mais de 90% desta pegada em países com risco de desflorestação, o rastreio consegue ser feito até ao nível do matadouro.
Sendo o Brasil um país em risco de desflorestação (de acordo com a FP CoA), a JM declara que apenas 0,5% da totalidade de carne bovina que adquire vem daquele país.
Serra do Açor
Com o objetivo de criar uma floresta sustentável e resiliente ao fogo, a JM está (em conjunto com a Câmara de Arganil e as sociedade civil e académica) a plantar árvores, e recuperar a gestão ativa dos ecossistemas florestais da serra do Açor, que foi atingida pelos incêndios de 2017. Este projeto de cinco milhões de euros vai intervir sobre uma área de 2500 hectares e tem uma duração de 40 anos. Espera-se que até ao final deste ano tenham já sido plantadas mais de 570 mil árvores, em 930 hectares. Com esta iniciativa a intenção é, também, atrair população para uma zona do país cada vez mais despovoada.
Sara Miranda, diretora de Comunicação e Responsabilidade Corporativas do Grupo Jerónimo Martins, orgulha-se do trabalho da empresa. “Estamos certos que a aplicação destes princípios na comunicação dos nossos compromissos e do grau de cumprimento dos objetivos a que nos propomos tem contribuído de forma decisiva para sermos, há três anos consecutivos, a nível mundial, o retalhista alimentar com o melhor desempenho no CDP Forests, e para estarmos incluídos em mais de 100 índices internacionais de sustentabilidade, afirma, reforçando ainda que investir em sustentabilidade é a forma de estar no mundo dos negócios de quem procura respeitar equilíbrios.
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