//Jerónimo Martins sobe lucros para 302 milhões até setembro

Jerónimo Martins sobe lucros para 302 milhões até setembro

A Jerónimo Martins registou lucros de 302 milhões de euros até setembro, mais 3,5% do que em relação a igual período do ano passado. O grupo dono do Pingo Doce e da Biedronka obteve nos primeiros nove meses do ano vendas de 13,7 mil milhões de euros, uma subida de 6,7% face ao ano anterior.

O grupo anunciou, no entanto, uma revisão em baixa das previsões de investimento para este ano: de um montante entre 700-750 milhões já anunciado, para 650 milhões de euros.

Até ao final de setembro, a Jerónimo Martins grupo investiu 405 milhões de euros, mais de metade desse valor (55%) foi canalizado para a Biedronka, já a expansão da Ara, na Colômbia, absorveu cerca de 14% do total.

O EBITDA do grupo atingiu o 757 milhões de euros, 6,7% acima do ano passado, apesar das perdas ao nível de EBITDA registadas pelas cadeias Ara e Hebe de 56 milhões, dos quais 91% atribuíveis à Ara. No mesmo período do ano passado as perdas tinham sido de 65 milhões.

“O acumulado dos três trimestres evidencia a notável capacidade das insígnias do Grupo crescerem consistentemente acima dos mercados onde operam. A centralidade conferida aos nossos consumidores e a prioridade dada às vendas, sem descurar a eficiência dos modelos de negócio, são os denominadores comuns e os motores do desempenho das nossas companhias”, diz Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, numa mensagem no relatório e contas.

“Na Colômbia, uma estratégia mais assertiva de sortido e de preço estimulou o crescimento acentuado das vendas e deu um contributo importante para a validação do potencial comercial do nosso portefólio de lojas. Com as nossas insígnias preparadas para aquele que é o último e mais relevante trimestre do ano, estamos convictos que entregaremos mais um bom ano de crescimento e rentabilidade”, afirma o CEO do grupo de distribuição alimentar.

O grupo gerou um cash flow de 356 milhões de euros tendo uma posição líquida em caixa de 60 milhões de euros.

Polónia: vendas de 9,2 mil milhões e 46 novas lojas

Na Polónia, a Biedronka as vendas atingiram os 9,2 mil milhões de euros, mais 7%, tendo a cadeia reforçado a sua quota de mercado, informa o grupo. “O crescimento life for like foi de 5,1% já refletindo o impacto de menos 10 dias de vendas no âmbito da regulamentação que impede as lojas de abrirem aos domingos”, pode ler-se no relatório e contas.

No período a cadeia abriu 46 lojas e encerrou 14, tendo havido 32 novas lojas, tendo o grupo fechado setembro com 2.932 espaços.

Hebe: abre 26 lojas

Até setembro a cadeia Hebe registou vendas de 180 milhões, uma subida de 25% face a período homólogo do ano passado, resultado que acomoda 10 dias adicionais de encerramento aos domingos na Polónia, destaca o grupo. Nos primeiros nove meses do ano, a Hebe abriu 26 lojas, terminando setembro com 255 localizações.

Pingo Doce: vendas sobem 2,9% e há mais 5 supermercados

Em Portugal, a inflação alimentar, que se manteve baixa ao longo dos nove meses, desacelerou nos últimos meses do período, tendo-se cifrado em 0,3% nos nove meses e de apenas menos 0,1% no terceiro trimestre, destaca a Jerónimo Martins. “Para este efeito contribuiu, em grande parte, a evolução do preço de frutas e legumes que tinham registado uma forte subida no terceiro trimestre de 2018”.

Nesse contexto, até setembro, o Pingo Doce registou um crescimento de vendas de 2,9%, para 2,9 mil milhões de euros, tendo o desempenho like for like (excluindo combustível) sido de 2,4%. No período a cadeia abriu 5 novos supermercados.

No Recheio as vendas cresceram 2,5% no período, para 757 milhões, com as vendas like for like a subir 3,4%.

Colômbia: 578 lojas até final de setembro

A colombiana Ara alcançou receitas de 560 milhões de euros até setembro, uma subida de 27,6% face ao ano anterior. A cadeia abriu 40 novas localizações, terminado o período com 578 lojas.

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