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João Leão está confiante de que a Comissão Europeia dê luz verde ao plano de ajuda para a TAP, avançou em entrevista à Reuters, publicada esta quinta-feira, dia 7. O ministro das Finanças detalha que esta luz verde poderá chegar até ao final deste trimestre.
Leão avançou à agência que o Estado propôs uma opção de converter parte do empréstimo em capital, o que poderia fazer com que o Estado passasse a deter 90% do capital da companhia. Atualmente, é dono de 72,5% da TAP.
“Estamos a propor que uma grande parte deste empréstimo (1200 milhões de euros) seja convertida de empréstimo para capital, para que os indicadores financeiros da empresa melhorem”, disse o ministro à Reuters.
“A principal preocupação do plano passa por tornar a empresa sustentável”, sublinhou Leão, indicando que as negociações formais com a Comissão Europeia começaram este mês. “Esperamos que o plano seja aprovado no primeiro trimestre.”
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João Leão sublinhou que “as medidas de apoio do Governo são limitadas no tempo”, sendo que um dos objetivos passa por tornar a TAP sustentável para que possa eventualmente financiar-se sozinhas nos mercados.
“É importante que a empresa viva por si só… Portanto, assim que isso seja possível, se possível no próximo ano ou depois, a empresa possa deixar de ser financiada pelo Estado”.
Questionado sobre a possibilidade de a TAP ter o objetivo de subsistir sozinha ou através de aliança com outra companhia, João Leão não fecha a porta a parceiros. “Poderia ser interessante ter outro player que possa ajudar a TAP a garantir que se torna competitiva e lucrativa.”
O plano de reestruturação da TAP propõe o corte de 2 mil postos de trabalho e cortes salariais na ordem dos 25%. Caso Bruxelas rejeite a proposta do executivo, a TAP seria obrigada a pagar imediatamente o montante de 1200 milhões de euros.
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