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O administrador da Altice Portugal João Zúquete da Silva, que tem a área do património, pediu a suspensão do cargo de chief corporate officer, que foi aceite, confirmaram à Lusa fontes ligadas ao processo.
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O responsável pela área corporate (empresarial) da dona da Meo tem entre os seus pelouros o património e os recursos humanos.
De acordo com fontes contactadas pela Lusa, Zúquete da Silva pediu a suspensão de funções, no âmbito do processo ‘operação Picoas’, a qual foi aceite.
Outras três pessoas foram suspensas do departamento de compras da Altice Portugal, segundo as mesmas fontes.
Na manhã desta quarta-feira, a Altice International e as suas afiliadas “colocaram vários representantes legais, gestores e funcionários em Portugal e no estrangeiro em licença”, enquanto decorre a investigação no âmbito da Operação Picoas, anunciou esta quarta-feira o grupo de Patrick Drahi, assegurando colaboração com as autoridades.
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Estas suspensões sucedem-se à do co-CEO (co-presidente executivo) da Altice International, Alexandre Fonseca, que foi anunciada na segunda-feira.
Alexandre Fonseca suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de ‘chairman’ em diversas filiais, entre as quais a da Altice Portugal.
Também esta quarta-feira foi conhecido que o cofundador do grupo Altice Armando Pereira está indiciado por um total de 11 crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e falsificação no processo ‘operação Picoas’, confirmou a defesa à saída do tribunal.
A ‘operação Picoas’, desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).
Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).
Em causa, alegadamente, está uma “viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.
As autoridades consideram que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”.
Em 2 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.
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