//Kaizen Tech. Como um projeto da Corticeira Amorim criou consultora para digitalizar indústria

Kaizen Tech. Como um projeto da Corticeira Amorim criou consultora para digitalizar indústria

Quando a Corticeira Amorim não encontrou no mercado a solução que procurava para mudar o sistema de recolha de informação de gestão da base industrial da sua operação, decidiu criar uma task force interna para desenvolver o que pretendia. A situação uniu a corticeira ao Kaizen Institute. Percebeu-se que o problema identificado sentia-se também noutras áreas da indústria e, identificada a oportunidade, foi criada a Kaizen Tech.

A corticeira procurava um novo software MES (Manufacturing execution system), que permitisse acompanhar todo o processo desde a chegada dos materiais até à transformação da matéria-prima em produtos acabados. O TrakSYS foi o software escolhido para ser desenvolvido, sendo que todos os procedimentos levados a cabo pela Corticeira Amorim – o maior player de transformação de cortiça do mundo – e pelo Kaizen Institute revelaram o potencial de apoiar outras empresas da indústria portuguesa na transformação digital e transição para a Indústria 4.0. Assim surgiu a Kaizen Tech, que tem em David Tavares o presidente executivo.

Ao Dinheiro Vivo, o gestor explica que a Kaizen Tech é “certamente um dos parceiros tecnológicos da Corticeira Amorim”, mas também poderá sê-lo para outras empresas “com soluções complementares à oferta atual” da consultora, “e também servirá o mercado com as soluções que domina, tendo especial enfoque na digitalização dos processos fabris”.

A Kaizen Tech chega ao mercado com serviços de análise funcional e levantamento de requisitos, implementação e gestão de projetos, suporte e evolução de sistema. Tudo a partir do software MES, que permite customizar serviços à medida das necessidades de cada empresa.

“O MES é o primeiro passo para a digitalização dos processos fabris e para a evolução das empresas no sentido da indústria 4.0”, sublinha o CEO da Kaizen Tech. “A nossa solução permite comunicar com as máquinas, robots, scadas, etc., enviando e recebendo informação de eventos, consumos e produções.

Esta comunicação poderá ser totalmente automática, caso a automação o permita, ou inserida num terminal com a ajuda de um operador”, complementa, notando que o sistema pode ser “conectado” a outros softwares, por exemplo de etiquetagem e inventariação. Tudo “em tempo real”, permitindo “acompanhar o que acontece numa fábrica e atuar sobre as causas das perdas de eficiência de uma forma muito mais efetiva”.