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A Metro do Porto lançou um novo concurso público para adquirir autocarros a hidrogénio no âmbito do projeto do ‘metrobus’ da Boavista, depois de o primeiro concurso ter registado propostas inválidas, disse fonte da empresa à Lusa, esta quinta-feira.
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“O primeiro concurso (que lançámos em dezembro de 2022) não resultou numa adjudicação, uma vez que nenhuma das propostas apresentadas se verificou ser válida. Foi lançado agora novo concurso, para o mesmo efeito e com o mesmo valor base (fornecimentos e manutenção), de cerca de 27,5 milhões de euros”, disse fonte oficial da Metro do Porto à Lusa.
O anúncio do novo concurso público foi publicado em Diário da República (DR) esta quinta-feira e contempla um prazo para apresentação de propostas de 30 dias.
Além do fornecimento e manutenção dos veículos (autocarros movidos a hidrogénio), o concurso engloba também os “Projetos e Infraestruturas de Produção de Hidrogénio Verde e de Energia Elétrica de Fonte Renovável”.
Em causa está a encomenda de 12 autocarros a hidrogénio verde para o ‘metrobus’, serviço da Metro do Porto que ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em junho de 2024, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.
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No dia 14 de março, fonte oficial da Metro do Porto disse à Lusa que a empresa tinha recebido cinco candidaturas para adquirir os 12 autocarros a hidrogénio, bem como para as estações de produção, armazenamento e abastecimento, que acabaram, então, por se revelar inválidas.
O procedimento englobava ainda, segundo documentos consultados pela Lusa, a “estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde para abastecimento dos veículos […] e venda a terceiros”, na estação de recolha da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) da Areosa.
Quanto aos veículos, devem ter “uma vida comercial útil mínima de 16 anos” e terão propulsão híbrida, “isto é, com motorização elétrica e alimentação a hidrogénio gasoso”, com autonomia mínima de 350 quilómetros (km) a hidrogénio e 50 km em modo elétrico, e uma lotação igual ou maior a 130 passageiros, dos quais 35 sentados.
A estética do autocarro “deve resultar de um equilíbrio entre o sucesso dos veículos antecessores” da Metro do Porto e “apresentar uma evolução positiva”, sendo “fundamental” que “reflitam e continuem” a direção tomada com o novo metro da CRRC Tangshan, que traduz “o carisma moderno que se pretende”.
O investimento no BRT é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA, e as obras arrancaram no final de janeiro.
Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
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