//Liberty fecha quase todos os escritórios no país e avança com despedimentos

Liberty fecha quase todos os escritórios no país e avança com despedimentos

A Liberty vai encerrar, já em março, 14 dos 16 escritórios que tem em Portugal, no âmbito de um plano de reestruturação que abrange um processo de despedimento coletivo e que deve levar à saída de 25 trabalhadores, no mínimo.

A representante em Portugal da companhia de seguros norte-americana vai implementar um novo modelo comercial no país, que prevê a colocação de trabalhadores em regime de teletrabalho. No total, foram 99 os trabalhadores da companhia que foram notificados e que são abrangidos pela reestruturação.

O processo de despedimento coletivo está a ser mediado pelo Ministério do Trabalho.

“Vamos ficar só com dois escritórios, em Lisboa e no Porto. O objetivo é que as pessoas abrangidas possam ser reintegradas na companhia”, disse fonte oficial da Liberty ao Dinheiro Vivo.

A Liberty – atualmente liderada em Portugal por Alexandre Ramos – pretende com este plano de reestruturação centralizar o seu modelo comercial, que será também “mais digital”, adiantou.

Segundo Paulo Mourato, presidente do Sinapsa – Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins, “no mínimo, há 25 pessoas que a companhia admite que serão despedidas”.

Ontem, realizou-se uma reunião entre sindicatos e a Liberty sob a mediação do Ministério do Trabalho – através da DGERT- Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho. Na próxima semana haverá nova reunião.

“Pedimos à Liberty mais informação, nomeadamente detalhes sobre as condições para a reintegração de trabalhadores em regime de teletrabalho ou mobilidade geográfica”, afirmou Paulo Mourato.

“O nosso objetivo é proteger os postos de trabalho e, se houver despedimentos, que sejam o mínimo possível”, adiantou.

A companhia prevê, na reestruturação, manter os benefícios e condições de trabalho atuais dos trabalhadores, garantiu a Liberty.

A Liberty decidiu em 2017 passar a empresa em Portugal para sucursal da companhia em Espanha.

Em Portugal, a empresa chegou a ter 37 escritórios mas em 2019 levou a cabo uma forte redução da sua presença física no país, segundo o Sinapsa.

A empresa opera em Portugal desde 2003, na sequência da compra da Europeia ao grupo suíço Credit Suisse.

A companhia comercializa “soluções de seguros para os segmentos particulares e empresas, dos ramos Vida e Não Vida, e conta atualmente com 533 colaboradores, distribuídos entre a sede, em Lisboa, o polo técnico no Porto e as principais cidades existentes em todo o território nacional e ilhas”, segundo a empresa. Conta ainda com “mais de 1.550 agentes profissionais de seguros que funcionam como parceiros de negócio sendo o seu canal preferencial de distribuição”.

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