É com “grande constrangimento” que o presidente da CP, Carlos Gomes Nogueira, recebe todos os dias a informação da Infraestruturas de Portugal sobre as supressões e atrasos nas linhas do Alentejo, Algarve e Oeste, devido à idade do material circulante. O líder da empresa pública de comboios garante que a partir de outubro e de novembro haverá uma “melhoria drástica” no serviço a estas linhas. Isso será possível, segundo o mesmo responsável, devido à redução do uso deste material nas linhas do Norte do país e à chegada de mais comboios alugados à Renfe.
“Há linhas em que é mais modo rodoviário do que ferroviário”, assinalou Carlos Gomes Nogueira em resposta aos deputados esta terça-feira na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
O líder da CP espera que “a intervenção nos troços de Caíde-Marco de Canaveses e Nine-Viana e o fim do serviço turístico no Douro [que funciona no período de Verão]” possam reforçar o material circulante disponível para circular em linhas não-eletrificadas. “Vamos melhorar drasticamente a situação nestas linhas em outubro e novembro. Garanto-vos que vai haver material para fornecer estas linhas com qualidade”, declarou Carlos Gomes Nogueira durante a audição.
Carlos Gomes Nogueira conta ainda com a chegada de mais quatro comboios a Diesel da Renfe, a partir do início de 2019.
As linhas do Alentejo [troço Casa Branca-Beja], Algarve e Oeste funcionam com as unidades UDD 450, compradas em 1965, que apresentam baixos índices de fiabilidade.
Deixe um comentário