//Líder do Novo Banco protege administrador suspeito de ligação a Vieira

Líder do Novo Banco protege administrador suspeito de ligação a Vieira

O presidente executivo do Novo Banco protegeu o ex-administrador Vítor Fernandes em carta enviada ao Parlamento. Segundo António Ramalho, as decisões sobre a venda do crédito da Imosteps a Luís Filipe Vieira foram tomadas de forma colegial e não isoladamente por um administrador do banco. O argumento nega a tese do Ministério Público, que identifica Fernandes como informador do ex-presidente do Benfica.

De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Público, António Ramalho disse aos deputados da comissão de inquérito ao Novo Banco que a área comercial do banco tem a “responsabilidade de acompanhar o relacionamento e as operações de cada cliente, mas não toma decisões relativas a imparidades de crédito, nem a operações de venda ou de concessão ou reestruturação de créditos”.

Na mesma missiva, Ramalho referiu que o valor do crédito da Imosteps – activo tóxico do legado do BES -​ não correspondia ao seu valor nominal (54 milhões de euros). O crédito “apresentava mesmo sérios indícios de crédito de favor desde a sua origem”.

O líder do Novo Banco enviou a segunda carta ao Parlamento em menos de um mês. No início de julho, o banqueiro tinha explicado a venda da Imosteps mas sem detalhas o papel do ex-gestor Vítor Fernandes na operação.

O Ministério Público suspeita de que Luís Filipe Vieira, presidente suspenso de funções do Benfica, seja o verdadeiro comprador um crédito de 54,3 milhões de euros por um sexto do valor que representava.

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