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“No conjunto, os projetos visam acrescentar mais de 1,35 gigawatts (GW) de energia renovável com baixo teor de carbono à matriz energética de Portugal”, refere a Lightsource bp em comunicado.
Atualmente “numa fase de desenvolvimento inicial”, os projetos serão localizados nas regiões de Moura, Castelo Branco, Mogadouro, Chamusca e Viseu, onde poderão criar “mais de 3.000 empregos verdes”.
Uma vez operacionalizados, “estarão em curso nos próximos 30 anos, contribuindo para a criação de oportunidades de desenvolvimento económico de longo prazo, além da produção local de energia renovável”, avança a Lightsource bp.
Os projetos serão promovidos em parceira com a portuguesa INSUN, do antigo presidente da Martifer Solar Henrique Rodrigues, que se dedica ao desenvolvimento de projetos para produção de energia solar em Portugal.
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A Lightsource bp anunciou a sua entrada no mercado ibérico de energia no final de 2018, inicialmente com a instalação em Madrid e, em 2019, em Lisboa, com escritório e equipa local.
Desde então, aumentou o seu ‘pipeline’ de desenvolvimento solar para mais de 2 GW em Espanha e, com este projeto, passa a deter mais de 3,5 GW em toda a Península Ibérica.
A empresa — uma ‘joint venture’ de 50/50 entre a bp e um líder global em desenvolvimento solar — diz estar também “a explorar oportunidades na área do hidrogénio verde” em Portugal.
“A Lightsource bp firmou parcerias bem-sucedidas com as autoridades no Reino Unido e na Austrália para estabelecer projetos de hidrogénio verde de larga escala, estando ativamente a explorar projetos de hidrogénio verde também em Portugal”, adianta.
Segundo sustenta, “a energia solar é das mais adequadas para apoiar Portugal a alcançar as metas do Plano Nacional de Energia e Clima para 2030, devido à sua escalabilidade, aos curtos ciclos de implantação e por apresentar os menores custos de geração de eletricidade da história”, sendo “uma solução económica para atender à necessidade urgente da crescente procura de energia por meio de soluções locais e de baixo carbono”.
“A energia solar está a tornar-se cada vez mais atrativa para parceiros corporativos que visam a redução de emissões, cumprir as metas de sustentabilidade e diversificar a matriz de energia”, salienta.
Citado no comunicado, o responsável em Portugal da Lightsource bp afirma que “a energia solar está muito bem posicionada para que Portugal possa atender aos planos de expansão rápida no crescimento da sua capacidade local de geração de energia renovável, uma vez que tem excelentes níveis de irradiação, é de rápida implantação e apresenta custos baixos”.
“Se Portugal for eficiente a adicionar rapidamente a capacidade de nova geração solar, permitirá a aceleração da descarbonização e contribuirá mais rapidamente para uma diminuição dos preços de energia elétrica”, sustenta Miguel Lobo.
Adicionalmente, refere, existem “oportunidades com novas tecnologias como o armazenamento e o hidrogénio verde, que estão a atrair novos investidores na cadeia de valor da energia, representando um grande benefício para o nosso país”.
“Vamos desenvolver estes projetos em parceria com os municípios e as comunidades locais. Para além da geração de energias renováveis, há imensas oportunidades económicas adicionais a explorar e o ‘feedback’ local irá ajudar-nos a moldar os nossos projetos às prioridades locais”, conclui.
Já o responsável pela bp Portugal, Pedro Oliveira, afirma-se “muito satisfeito que a Lightsource bp venha a desenvolver energia solar limpa e acessível para Portugal, contribuindo assim para a ambição nacional de atingir o objetivo de energia renovável em 2030”.
Pedro Oliveira garante que “a bp está empenhada em continuar a apoiar a transição para um mundo de baixo carbono e chegar à neutralidade carbónica até 2050 ou antes”.
Para o presidente executivo (CEO) da INSUN, Henrique Rodrigues, “atrair um parceiro com a experiência da Lightsource bp é a confirmação da qualidade destes cinco projetos”.
Considerando que “a energia solar assume um papel preponderante na transição energética de Portugal”, Henrique Rodrigues entende que “a escala deste acordo demonstra a dimensão desta oportunidade”: “Como empresa local, será extremamente gratificante colaborar com um líder internacional na produção de energia solar e trazer 1,35 GW de energia limpa para Portugal”, sustenta.
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