//‘Low cost’, aeroporto, metro e prémios alavancam AL no Porto

‘Low cost’, aeroporto, metro e prémios alavancam AL no Porto

As companhias aéreas de baixo custo, redes viárias, aeroporto, metro, mas também prémios europeus do setor turístico, praias e turismo da saudade são alguns motivos para a explosão da oferta de alojamento local no Porto.

Dados do Turismo de Portugal sobre Alojamento Local a que a Lusa teve hoje acesso indicam que o a cidade do Porto registava no início deste mês de agosto “6.463 alojamentos locais”, ficando em primeiro lugar no pódio entre os 18 concelhos do distrito portuense.

Em segundo lugar da lista surge Vila Nova de Gaia com 759 registos de AL e em terceiro lugar Matosinhos com 267 registos. Seguem-se Póvoa de Varzim com 189, Vila do Conde 171 e Amarante 86.

O aumento do Alojamento Local (AL) nos vários municípios explica-se por “diferentes razões”, disse à Lusa fonte do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). No caso da Póvoa e de Vila do Conde, por exemplo, uma das razões prende-se com o facto de serem zonas de praia e onde as casas para passar férias passaram a ter classificação de Alojamento Local (AL) para se legalizarem e porque os proprietários perceberam que hoje tinham um público “mais lato”.

Ainda no caso da Póvoa de Varzim ou Vila do Conde, a “boa mobilidade”, “oferta da rede viária atual”, designadamente o metro, e a curta distância do Aeroporto de Sá Carneiro são outras justificações para haver AL, elenca a TPNP.

No caso do concelho de Amarante, o aparecimento há cerca de três anos do Festival Mimo, evento gratuito que surgiu no Brasil há uma década, e que decorre no verão junto do rio Tâmega, e o facto de ter recebido a classificação, em 2017, de “Cidade Criativa” pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO em inglês) explicam o fenómeno do crescente número de AL.

Marco de Canaveses (59), Gondomar (58), Maia (51), Penafiel (47), Baião (46), Valongo (19) e Paredes (18) são outros concelhos do distrito do Porto com a oferta de AL a crescer. No caso de Marco de Canaveses, por exemplo, a explicação prende-se com a oferta rural daquele concelho, mas cuja oferta hoteleira é escassa.

Em Baião, por seu turno, a razão prende-se com o facto de ser “único município das margens do Douro Verde”, uma região demarcada dos vinhos verdes junto ao Douro, com mais camas em unidades hoteleiras” – Douro Royal Valley e Douro Palace Resort – fatores que ajudam a alavancar o aumento de oferta em AL, explica a mesma fonte da TPNP.

O menor volume de AL nos concelhos de Santo Tirso (12), Felgueiras (12), Lousada (12), Trofa (10) e Paços de Ferreira (7) justifica-se, por seu turno, por serem “municípios industrializados”, onde o que existe mais é um “turismo de negócios” e aquele tipo de clientes prefere alojar-se em unidades hoteleiras.

Hoje foi publicado em Diário da República o novo diploma sobre Alojamento Local, que vai entrar em vigor dentro de 90 dias, e cujas novas regras vão permitir que câmaras municipais e assembleias de condóminos possam intervir na autorização de AL.

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