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A GamaLife, antiga seguradora do Novo Banco, mais do que duplicou os lucros no primeiro semestre do ano, atingindo 86,4 milhões de euros, uma subida de 142,3% face ao período homólogo do ano passado, altura em que registou um resultado líquido de 35,7 milhões de euros, segundo o relatório e contas da seguradora comunicado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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“O lucro do exercício reflete sobretudo ganhos não recorrentes em resultado da quase total libertação da provisão para compromissos de taxa (as reservas do Teste de Adequação de Responsabilidades ou “LAT”), num total 109,4 milhões de euros” antes de impostos, justifica a GamaLife.
A seguradora explica que se desfez destas provisões “devido à subida muito significativa da curva de taxas de juro da dívida pública portuguesa”.
No comunicado, a seguradora indicou que, nos primeiros seis meses do ano, a produção mostrou “resultados muito estáveis em produtos de risco, situando-se nos 28,8 milhões de euros, valor que compara com os 28,7 milhões registados em 2021, enquanto a produção em produtos de poupança desceu de 240 milhões de euros para 108 milhões, devido à elevada volatilidade do mercado que afeta as vendas de contratos de investimento”.
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O grupo indica que “o aumento das taxas de juro e dos ‘spreads’ de crédito teve também um efeito negativo no valor dos ativos financeiros e no valor patrimonial líquido em junho de 2022”.
De acordo com a GamaLife, os custos aumentaram, “refletindo novos recrutamentos, assim como custos de projetos, tais como a preparação para a implementação da IFRS17 e IFRS9, e a anunciada aquisição em Itália”, destacou na mesma nota.
No comunicado enviado à CMVM, o presidente executivo da GamaLife, Matteo Castelvetri, considera que a empresa está a “fazer bons progressos na preparação da abertura da filial em Itália, e espera encerrar a aquisição da unidade de negócios da Zurich até ao final do ano”.
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