Uma queda de 72% nos resultados atribuíveis à atividade do grupo, deixa os lucros da Martifer até junho nos 1,5 milhões de euros, resultado justificado com “os efeitos extremamente negativos da covid e as incertezas quanto ao futuro, que obrigam a uma forte monitorização e ajustamento na atuação das empresas”.
Ainda assim, com proveitos operacionais de 111,2 milhões – cuja fatia de leão se divide entre a construção metálica (49,8 milhões) e indústria naval (58,8 milhões), sendo o restante atribuível às renováveis -, o volume de negócios do grupo já vem maioritariamente de fora do país: 85%. O que, se por um lado protege a empresa da crise nacional, a deixa vulnerável às fragilidades da economia mundial.
“Os próximos anos serão extremamente desafiantes e um teste à capacidade de resiliência do grupo mas acreditamos estar preparados e por isso continuamos focados e empenhados na execução do plano estratégico e nos objetivos definidos”, sublinha a Martifer, que atingiu um EBITDA positivo em 6,9 milhões de euros (margem de 6,6 %).
Nos resultados comunicados hoje à CMVM, a empresa revela que a dívida líquida foi reduzida em 35 milhões face a dezembro, para 70 milhões. A empresa destaca ainda a carteira de encomendas na construção metálica e indústria naval de 568 milhões, área em que o grupo quer continuar a investir.
Procurar oportunidades que sigam o desígnio do reforço do perfil exportador do grupo, potenciando a capacidade industrial em Portugal para os mercados externos onde a Martifer está presente; reforçar no Oil & Gas e no O&M; continuar a potenciar os setores eólico e solar; e investir em infraestruturas de modo a consolidar a estratégia de diversificação e manter a trajetória de crescimento do peso no volume de negócios são caminhos apontados pelo grupo.
“Fazendo jus ao nosso ADN, continuaremos também a potenciar a procura de novas áreas de negócio e a estar atentos a novas oportunidades, sendo o setor da energia uma área a perseguir num futuro próximo, uma vez que queremos continuar a fazer parte das empresas que encaram as alterações climáticas e ambientais e os desafios que daí resultam, como uma enorme oportunidade”, afirma a Martifer.
Deixe um comentário