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A Montepio Geral – Associação Mutualista fechou 2022 com lucros de 50,2 milhões de euros, uma subida de 12,4% face aos 44,6 milhões de euros alcançados um ano antes, segundo o relatório e contas aprovado esta sexta-feira pela Assembleia de Representantes. Nesta reunião ainda não se discutiu o pagamento de dividendos aos associados por parte do banco Montepio, que obteve resultados positivos de 33,8 milhões de euros, mas a exigência mantém-se e será votada em maio, na assembleia-geral que dará aval às contas consolidadas do ano passado, sabe o Dinheiro Vivo. A instituição financeira faz parte do mesmo Grupo e é o maior ativo da Mutualista.
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Perante a performance da Mutualista, que tem conseguido inverter os prejuízos de 2020 (-18 milhões de euros) e de 2019 (-408,8 milhões de euros), o presidente da Montepio Geral – Associação Mutualista, Virgílio Boavista Lima, considera que “o grupo está no caminho certo, com as questões de presente e de futuro bem identificadas, com um sistema de governance simplificado, um alinhamento pleno entre as empresas e um bom clima social”, afirma, citado em comunicado enviado ao Dinheiro Vivo.
Para os lucros de 50,2 milhões de euros contribuíram “o aumento das receitas associativas em 24,8%, atingindo 848,5 milhões de euros, e o crescimento de 25,3% do valor médio por subscrição de modalidades associativas para o montante de 907 euros”, revela a maior associação mutualista do País. Merecem ainda destaque os ganhos de eficiência operacional, traduzidos numa redução das despesas em 8,9%, que proporcionaram um resultado operacional de 63,6 milhões de euros, superior em 61% face a 2021.
As contribuições dos 606 483 associados contabilizados no ano passado fixaram-se em 85,8 milhões de euros, segundo o relatório aprovado esta sexta-feira.
As contribuições dos 606 483 associados contabilizados no ano passado fixaram-se em 85,8 milhões de euros. “O rácio de liquidez manteve-se estável, passando de 11% para 11,1%, tendo atingido os 3756,7 milhões de euros no final de 2022, um crescimento 1,1% em relação ao ano anterior.
Na evolução das componentes do ativo, é de realçar o aumento das propriedades de investimento, com um valor de 395,1 milhões de euros, comparados com os 360,6 milhões de euros registados no final de 2021, uma variação homóloga de 9,6%. De igual modo, destaca-se a evolução favorável da carteira de títulos em 2,6%, totalizando 563,5 milhões de euros.
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O relatório menciona ainda “a operação de dissolução e liquidação da Montepio Seguros, SGPS, S.A., bem como o processo de fusão, por incorporação da Montepio Valor – SGOIC, S.A. na Montepio Gestão de Activos – SGOIC, S.A., prosseguindo o reforço do alinhamento estratégico do Grupo, a simplificação de estruturas, a obtenção de sinergias e uma alocação de recursos mais eficiente”, segundo a mesma nota.
Virgílio Lima, eleito em dezembro de 2021 para a presidência da Mutualista, defende que, “com a “casa” ainda mais arrumada, o Grupo Montepio está a responder de modo alinhado com os planos estratégicos, com todas as empresas a apresentarem resultados positivos”. Foi nesse sentido que a Mutualista decidiu injetar 115 milhões de euros no capital da Lusitânia Seguros, que pertence à Mutualista, de forma a eliminar as perdas dos últimos anos. A seguradora encerrou 2022 com lucros de cerca de 5,1 milhões de euros.
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