O resultado líquido da Navigator fixou-se em 147,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma redução de 14,1% face ao lucro do mesmo período do ano passado, foi divulgado esta terça-feira.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), a Navigator indica que “o ano de 2019 tem sido marcado pela deterioração das condições de mercado, em particular pela queda dos preços de pasta e pelo enfraquecimento da procura de pasta e papel”.
Nos primeiros nove meses deste ano, a Navigator atingiu um volume de negócios de 1.274 milhões de euros, um aumento de 1,8% face ao mesmo período de 2018.
“Com vendas de 905 milhões de euros, o segmento de papel representou 71% do volume de negócios, a energia e a pasta 10% (ambos com cerca de 122 milhões de euros) e o negócio de ‘tissue’ cerca de 8% (102 milhões de euros)”, indica o grupo no documento.
Já o EBITDA (rendimentos antes de juros, impostos, deduções e amortizações) da Navigator recuou 11,8% para 300,2 milhões de euros até setembro.
No final de setembro, o endividamento líquido da Navigator ascendia a 776 milhões de euros, um aumento de 93 milhões de euros face ao final de 2018, “decorrido um período em que o grupo procedeu ao pagamento de 200 milhões de euros em dividendos e adquiriu ações próprias num valor de 18,4 milhões de euros”, explica a empresa.
A produção de pasta nos primeiros nove meses de 2019 desceu 1,2% face à produção do período homólogo de 2018, “condicionada pelas grandes paragens de manutenção ocorridas nas fábricas de Setúbal e Cacia, em abril e maio, e na Figueira da Foz em setembro, assim como por uma gestão criteriosa da oferta, num contexto de mercado caracterizado pelo abrandamento da atividade económica e pela retração da procura no setor de pasta e papel”.
No negócio de ‘tissue’, houve um aumento de 64% do volume vendido para 74 mil toneladas, “em resultado do arranque de nova fábrica de ‘tissue’ de Aveiro”, e o valor de vendas situou-se em 102 milhões de euros, um aumento de 58% em relação aos primeiros nove meses de 2018.
Quanto ao negócio da energia, nos primeiros nove meses de 2019, a venda de energia elétrica do grupo totalizou cerca de 122,6 milhões de euros, o que representa uma redução de 3,8% face aos valores do período homólogo do ano anterior, devido, essencialmente, a “problemas operacionais nas instalações de cogeração renovável dos complexos industriais de Setúbal e Figueira da Foz, que conduziram a menor volume de produção”.
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