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O BPI obteve um resultado líquido consolidado de 85 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa uma subida de 75% face aos 49 milhões registados no período homólogo, informou esta sexta-feira o banco.
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A atividade em Portugal contribuiu com 73 milhões de euros, tendo disparado 164% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, altura em que o resultado foi de 28 milhões, enquanto os bancos de Angola (BFA) e Moçambique (BCI) participaram com um milhão e 11 milhões de euros, respetivamente.
“O primeiro trimestre ficou marcado por um comportamento da economia mais positivo do que se antecipava, o que nos permitiu manter um forte dinamismo comercial e melhorar a rentabilidade”, comenta João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, citado em comunicado.
A sustentar o resultado alcançado até março esteve o crescimento de 50% do produto bancário, que ascendeu a 284 milhões de euros, e a margem financeira (diferença entre juros cobrados e juros pagos), que disparou 82% para 206 milhões de euros, à boleia subida das taxas de juro do crescimento do volume de crédito, embora o custo dos depósitos já tenha pesado.
Também as comissões líquidas tiveram um contributo de 73 milhões de euros no somatório, mais 3% comparativamente com o trimestre homólogo, impulsionadas pela “abertura de novas contas” e pelo “aumento das operações de crédito”.
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Durante o período em análise, a carteira total de crédito a clientes aumentou 4%, para 29,2 mil milhões de euros, tendo a carteira de crédito à habitação crescido 6%, para 14,3 mil milhões, e o crédito das empresas subido 1%, para 10,9 mil milhões de euros. No entanto, ressalva o banco, “a contratação de crédito hipotecário diminui 20% face ao período homólogo”.
Quanto à qualidade da carteira, o BPI conta com um rácio NPE (non-performing exposures) – respeitante ao crédito malparado – de 1,6% e uma cobertura por imparidades e colaterais de 156%.
Os depósitos de clientes, por seu turno, diminuíram 4%, para 28,4 mil milhões de euros, situando-se a quota de mercado atual da instituição financeira nos 10,6%. Na mesma linha, também os recursos totais de clientes conheceram um decréscimo de 6%, totalizando 38,4 mil milhões de euros em março deste ano.
Já do lado da despesa, os custos operacionais cresceram 11%: os custos com pessoal aumentaram 8%, os gastos gerais administrativos 20%, “refletindo a subida dos custos de informática com novos projetos tecnológicos”, e as depreciações e amortizações 2%.
Quanto aos níveis de liquidez e capitalização, o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa revela que “o rácio de transformação de depósitos em crédito situa-se em 98%, o rácio de financiamento estável líquido (NSFR – net stable funding ratio) ascende a 132% e o rácio de cobertura de liquidez (LCR – liquidity coverage ratio) a 144%, no final de março 2023″. Adicionalmente, o CET1 situa-se nos 14.3%.
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