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O Grupo Crédito Agrícola registou um lucro líquido de 72,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a um aumento de 114,6% face a igual período de 2020.
“Para este resultado, o negócio bancário contribuiu com 65,3 milhões de euros [+122,9% face ao período homólogo]”, refere o grupo num comunicado com os resultados trimestrais. A margem financeira cresceu 9,4% para 85,9 milhões de euros.
“O exercício de 2021 encerra níveis de incerteza ainda elevados que se poderão vir a reflectir ao nível do incremento de imparidades da carteira de crédito”, alerta o grupo.
“Neste contexto, os próximos resultados trimestrais poderão sofrer alterações materiais decorrentes das actividades de acompanhamento regular da carteira de crédito, em particular, dos sectores mais afectados pela crise e com maior peso de contratos de crédito em situação de moratória”, frisa.
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Segundo o grupo, no final de março de 2021, as moratórias aprovadas pelo Crédito Agrícola totalizaram 2.682 milhões de euros, num total de 27.040 contratos de crédito. “Deste valor, 77,6% do montante corresponde a crédito a empresas, 13,9% corresponde a crédito habitação e 8,4% a outros créditos a particulares”, explica.
Em termos de financiamento através das linhas com garantia estatal, o Crédito Agrícola financiou “4.237 empresas nacionais através da concessão de 317,7 milhões de euros”.
Nos primeiros três meses do ano, as imparidades e provisões do grupo “alcançaram 6,9 milhões de euros, evidenciando uma redução em termos homólogos de 20,7 milhões de euros”. O grupo registou um aumento das imparidades da carteira de crédito, em 6,8 milhões de euros e uma subida das imparidades de outros activos “em 0,7 milhões de euros relacionadas, essencialmente, com imóveis por recuperação de crédito, face ao primeiro trimestre de 2020”.
No sentido positivo, o grupo recorda que, no primeiro trimestre do ano passado, tinha constituído 18,2 milhões de euros de provisões genéricas para cobertura, ao longo de 2020, de riscos relacionados com activos imobiliários e carteira de crédito”. Nos primeiros três meses de 2021, o Crédito Agrícola registou “uma diminuição de 10,0 milhões de euros nas imparidades de títulos de dívida face ao trimestre homólogo, decorrente da actualização dos cenários macroeconómicos”.
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