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Em 2020, o Santander Totta registou lucros de 295,6 milhões de euros, uma quebra de 43,9% em comparação com 2019.
Em comunicado, Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Banco Santander Portugal, indica que “os resultados do Banco em 2020 foram fortemente afetados, tal como esperado, pela pandemia Covid-19.” Pedro Castro e Almeida acrescenta também que, “apesar do ano desafiante” que o banco enfrentou, os resultados atingidos “só foram possíveis, porque o Santander é um banco sólido, com elevados níveis de capitalização, os melhores ratings, uma forte reputação e preparado para enfrentar os desafios da transformação do nosso modelo de negócio.”
O banco indica que, ao longo do ano passado, constituiu imparidades de 187,6 milhões de euros. “A imparidade líquida de ativos financeiros ao custo amortizado ascendeu a -187,6 milhões de euros, refletindo a incorporação da componente forward looking do cenário macroeconómico mais adverso, como patente nas diferentes projeções realizadas por instituições nacionais e internacionais. Esta evolução reflete um reforço preventivo, na medida em que a qualidade creditícia permanece sólida, materializada numa redução do rácio de NPE para 2,6%”.
O total de crédito a clientes foi de 42,7 mil milhões de euros, representando uma subida de 6,8% face ao período homólogo. O banco indica que isto reflete “não só a aplicação de moratórias ao crédito a famílias e empresas como também a elevada produção de linhas de crédito de apoio à economia, no contexto da crise sanitária que vivemos, bem como os ritmos sustentados de nova originação de crédito hipotecário”.
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O crédito à habitação subiu 5,2% para os 20,7 mil milhões de euros e o crédito ao consumo contraiu 1,5% face a dezembro de 2019, para os 1,7 mil milhões de euros. O crédito a empresas atingiu 16,4 mil milhões de euros, representando uma subida anual de 6,7%, “associada às linhas protocoladas, incluindo as linhas criadas no âmbito da pandemia Covid-19”.
Já as quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 18,4% e 24,1%, respetivamente.
O rácio de eficiência do banco situou-se em 43,8% em linha com o valor registado no período homólogo. O rácio CET 1 (fully implemented) foi de 20,6%, um acréscimo de 5,6 pp em relação a dezembro de 2019.
O produto bancário atingiu 1 317,7 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo homólogo de 4,3%. Os custos operacionais diminuíram 4,5%, “totalizando 577,2 milhões de euros, pelo que o resultado de exploração registou um decréscimo de 4,2%”.
A margem financeira do banco atingiu os 786,6 milhões de euros, uma diminuição de 8,1% face ao período homólogo. “Esta evolução é fruto, essencialmente, da redução dos spreads do crédito, por contexto concorrencial ainda elevado, da descida das taxas de juro de curto prazo, da diminuição da procura de crédito por empresas fora do âmbito das linhas com garantia do Estado, e ainda da gestão da carteira de dívida pública”, explica o banco.
As comissões líquidas recuaram 1,9%, para 373,2 milhões de euros.
O Santander tinha em dezembro do ano passado 5 980 trabalhadores, menos 208 em comparação com dezembro de 2019. O banco encerrou 62 agências em 2020, passando de 505 agências em dezembro de 2019 para 443 em dezembro do ano passado.
Moratórias no valor de 8,6 mil milhões de euros
No comunicado, o presidente executivo do banco refere que a prioridade “mantém-se intacta: apoiar as famílias, as empresas e a sociedade em Portugal.”
No final de dezembro de 2020, as moratórias, legal e privada, abrangiam 87 mil clientes, no montante global de 8,6 mil milhões de euros de crédito, representando 21% da carteira total.
Já no âmbito das linhas de crédito com garantia do Estado, destinadas a mitigar os efeitos da pandemia, o Santander tinha aprovado um conjunto de operações no montante de cerca de 1,6 mil milhões de euros.
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