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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) obteve, em 2022, lucros no valor de 843 milhões de euros, o que representa uma subida de quase 45% face a 2021, ano em que registou um resultado líquido de 583 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o presidente executivo do banco, Paulo Macedo, durante a conferência de imprensa, que decorreu na Culturgest, em Lisboa.
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De recordar que a instituição financeira conheceu o melhor ano de sempre em 2007, altura em que atingiu proveitos na ordem dos 856 milhões de euros. Em 2022, ficou à distância de 13 milhões.
A atividade do banco em Portugal contribuiu com 650 milhões de euros para o resultado alcançado, significando uma melhoria de 45% comparativamente com o ano anterior, enquanto as operações internacionais revelaram a melhor performance de sempre, totalizando 193 milhões de euros, ou seja, mais 44% em relação ao período homólogo.
Com a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) a avançar 2,8% desde dezembro de 2021 para 9,8% no final do ano passado, a margem financeira a disparar quase 44% para 1,4 mil milhões de euros e o volume de negócios a crescer 3,6 mil milhões (+2%), a Caixa Geral de Depósitos vê-se este ano em posição de pagar o maior dividendo de sempre ao acionista: em capital, no montante 352 milhões de euros, e em espécie, com a entrega do edifício da instituição, cujo valor estará ainda por apurar, segundo disse a administradora financeira, Maria João Carioca.
A carteira de crédito bruta evoluiu 2% para 53 mil milhões de euros, contra os 51 mil milhões de 2021. Em Portugal, este portefólio totalizou 45,5 mil milhões de euros (+1,3%), com os empréstimos para compra de habitação a aumentarem 1,4% para 25 mil milhões, o crédito ao consumo a subir 14,2% para mil milhões de euros e o financiamento para empresas a subir 0,7% face ao ano passado, para 19,5 mil milhões.
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No que toca ao rácio de NPL (sigla para a expressão inglesa non-performing loan, que diz respeito ao malparado), desceu para 2,4%, enquanto o rácio NPL líquido de imparidades totais permaneceu nos 0%.
Os depósitos de clientes avançaram, na globalidade, 6,2% para 83,8 mil milhões de euros durante o ano passado. Em território nacional, cujo contributo é de 72,6 milhões de euros, os depósitos de particulares assumiram 55,9 mil milhões (+5%) e os das empresas 13,4 mil milhões de euros, mais 9,9% face a 2021.
As comissões registaram um aumento de 45 milhões de euros, que correspondem a uma subida de 8%, tendo rendido à instituição uns robustos 606 milhões de euros.
Os custos totais com pessoal atingiram os 816,2 milhões de euros, mais 93% quando comparado com os 422,9 milhões do ano anterior. Ainda que esta despesa tenha aumentado, a Caixa Geral de Depósitos encerrou, durante o ano passado, em Portugal, 27 balcões, passando para 515 o número de dependências, e viu sair 280 pessoas, contando no final de dezembro passado com um total de 5837 trabalhadores no país.
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