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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de 987 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 43% do que no mesmo período de 2022, disse hoje o banco público em comunicado.
A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) mais do que duplicou para 2.090 milhões de euros.
A CGD espera pagar ao Estado em 2024 um dividendo de 461 milhões de euros.
O banco reestruturou mais de 40 mil créditos até outubro de 2023 e explicou que 4 600 foram devido a “medidas legislativas”.
No comunicado, a CGD refere que as operações de reestruturação incluem “a renegociação proativa de 20 mil operações com redução de ‘spread’ e 12 mil alterações contratuais de taxa variável para taxa fixa”.
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De igual forma, o banco público, liderado por Paulo Macedo, registou que 4 600 créditos foram renegociados ao abrigo de diversas medidas legislativas.
Cerca de 1 200 operações foram reestruturadas ao abrigo do decreto-lei criado pelo Governo que força os bancos a reestruturar a dívida de clientes em dificuldades, enquanto 3.400 operações “beneficiariam da bonificação do Estado de acordo com o decreto-lei n.º 20/2023” — que aplicou uma bonificação temporária de juros quando o indexante ultrapassasse um determinado limiar.
A CGD acrescenta que registou “cerca de 50 pedidos por dia” para fixar a prestação de crédito à habitação por um período de dois anos, ao abrigo do decreto-lei n.º 91/2023, publicado no passado dia 11 de outubro.
A atividade da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Portugal tem menos 258 trabalhadores que há um ano, apesar de manter o número de agências, segundo as contas até setembro.
CGD com menos 258 trabalhadores em setembro
No final de setembro deste ano, a CGD contava com 6 378 funcionários, menos 258 que os 6 636 que incluiu nos dados referentes a setembro de 2022.
Já em termos de rede comercial, o número de agências, espaços Caixa e gabinetes de empresas em Portugal manteve-se em 515.
Até setembro, os custos de estrutura em Portugal foram de 586,8 milhões de euros, mais 15,1% face ao período homólogo de 2022.
Os custos de estrutura totais aumentaram cerca de 11% para 791,4 milhões de euros, “devido essencialmente ao aumento registado nos custos com pessoal (mais 41 milhões de euros) e nos gastos gerais administrativos (mais 43 milhões de euros)”.
Notícia atualizada às 18.13 horas
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