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A estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um lucro líquido de 429 milhões de euros nos nove meses de 2021, o que corresponde a um aumento de 9,4% face a igual período do ano passado.
“Perspetivas de um impacto da situação pandémica na economia de menor dimensão face ao passado, com menores efeitos ao nível da qualidade dos ativos de crédito, a par da robusta posição de capital, permitem o pagamento, ainda em 2021, de um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros”, adianta o banco estatal no comunicado com os resultados trimestrais divulgado esta quinta-feira.
Explica que “apesar da conjuntura económica atual, a atividade core do Grupo CGD continua a demonstrar resiliência ao conseguir compensar a diminuição da margem financeira com o aumento das comissões líquidas e da eficiência operacional conseguida através da redução dos custos de estrutura”.
“O resultado líquido inclui ainda um resultado extraordinário de 32,7 milhões de euros [depois de impostos] decorrentes da reavaliação das responsabilidades com benefícios pós-emprego e provisões para o programa de pré-reformas”, refere.
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Salienta que “o resultado líquido corrente foi de 394 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 15,2% face ao resultado corrente do período homólogo em 2020, muito por força da boa evolução dos resultados de operações financeiras”.
O contributo da atividade doméstica para o resultado líquido do Grupo foi de 330,8 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, o que compara com 308,8 milhões de euros no mesmo período do ano anterior.
A margem financeira desceu 6,5% para 724 milhões de euros enquanto o produto global da atividade cresceu 5,9% para 1285 milhões de euros.
O banco público reforçou em 90,2 milhões de euros as novas imparidades de crédito, para 180,4 milhões de euros, no terceiro trimestre deste ano. “Estas novas imparidades tiveram genericamente um cariz preventivo para os potenciais efeitos do fim das moratórias de crédito”, explica a CGD.
A moratória pública terminou no final de setembro deste ano para a maioria dos créditos abrangidos pela medida.
A carteira de crédito a clientes da CGD cresceu 3,4% para 51.836 milhões de euros em termos brutos no final de setembro. O banco destaca a continuação da “melhoria da qualidade dos ativos”, com o rácio de crédito malparado (Non-Performing Loans) a cair para 2,8%.
Os depósitos de clientes subiram 5,8 mil milhões de euros, ou 8% em termos homólogos, uma “evolução essencialmente justificada pela captação da CGD Portugal, impulsionado pelo aumento da taxa de poupança das famílias e demonstrando a confiança e vinculação dos clientes na Caixa”.
O banco viu os seus rácios de capital serem reforçados, “o que permitiu que após o pagamento do dividendo extraordinário se situem em 18,2% no capital core (CET1) e 20,8% no capital total, níveis idênticos aos verificados no final de 2020, cumprindo confortavelmente os requisitos de capital em vigor para a CGD”.
A CGD lembra que, em setembro, a Moody”s voltou a subir o rating do banco para ‘Baa2’ e que, em outubro, a Fitch afirmou o rating ‘BB+’, tendo melhorado o outlook para positivo, “mantendo assim uma perspetiva de subida”.
Atualizada às 17H24 com mais informação
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