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Os lucros da Meta caíram 36% no segundo trimestre de 2022, ficando-se pelos 6,68 mil milhões de dólares (6,56 mil milhões de euros), pior que o esperado pelos analistas. Também as receitas caíram, embora de forma bastante mais moderada – menos 1% para 28,8 mil milhões de dólares.
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Os resultados dececionantes a gigante que detém o Facebook, Instagram e WhatsApp deveram-se ao enfraquecimento do mercado publicitário, numa altura de grande incerteza geopolítica e macroeconómica. Estes desafios vão continuar no terceiro trimestre, que será o segundo consecutivo de quebra de resultados da empresa. Isso mesmo foi o que a Meta detalhou na comunicação de resultados esta quarta-feira.
“Esperamos que as receitas do terceiro trimestre de 2022 estejam no intervalo de 26 a 28,5 mil milhões. Esta previsão reflete a continuação do ambiente de fraca procura publicitária que registámos no segundo trimestre, que acreditamos que está a ser impulsionado por incerteza macroeconómica mais abrangente”, disse a empresa. “Também antecipamos que as receitas do Reality Labs sejam inferiores às do segundo trimestre.” A taxa de câmbio, com enorme fortalecimento do dólar nos últimos meses, irá adicionar um efeito negativo aos resultados do próximo trimestre.
O que não é referido mas claramente está a ter impacto é o crescimento da rede social chinesa TikTok, que tem cerca de mil milhões de utilizadores mensais ativos.
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Neste trimestre, o Facebook registou 2,93 mil milhões de utilizadores mensais (+1%), enquanto a família de apps da Meta (incluindo o Instagram) cresceu 4% para 3,65 mil milhões.
O mercado não gostou dos números e das previsões apresentadas e empurrou a cotação das ações da empresa para baixo nas trocas fora de horas. Depois de terem valorizado 6,55% na sessão de hoje, os títulos foram penalizados em quase 4% após a divulgação dos resultados trimestrais.
Ainda assim, as dificuldades da Meta estão longe de ser isoladas no sector. Ontem, a Alphabet (casa-mãe da Google) falhou as estimativas e tanto a Snap como o Twitter tiveram trimestres sofríveis.
Na declaração geral aos investidores, o CEO Mark Zuckerberg optou por salientar a “trajetória positiva” das tendências de envolvimento de utilizadores em produtos como os Reels e os investimentos em inteligência artificial.
“Estamos a colocar um foco e energia reforçada nas prioridades-chave da empresa, que vão abrir oportunidades tanto de curto como longo prazo para a Meta e as pessoas e empresas que usam os nossos serviços”, afirmou o CEO.
Após a saída da número dois Sheryl Sandberg, há também uma reestruturação na cúpula da empresa. A partir de 1 de novembro, o diretor financeiro David Wehner vai assumir o cargo de diretor de estratégia e a vice-presidente financeira Susan Li será promovida a diretora financeira.
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