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A Navigator encerrou o primeiro trimestre com uma quebra de 23,2% nos resultados líquidos, que se ficaram pelos 23,5 milhões de euros. São menos sete milhões do que os lucros do primeiro trimestre de 2020. Já o volume de negócios caiu 16% para 340,8 milhões, contra os 405,8 milhões obtidos o ano passado.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa reconhece que a comparação com o período homólogo “é difícil” já que o desempenho de 2021 “ficou marcado por novas vagas de contágio e pelos impactos subsequentes das medidas de confinamento”. Em termos de área de negócio, as vendas de papel ficaram 8% abaixo do ano passado e as de pasta caíram 6%. Jás as vendas de papel tissue cresceram 4%.
Embora o período tenha sido marcado por uma forte recuperação dos preços da pasta, com o índice de referência a aumentar 15% em dólares e 5,5% em euros, o índice do preço do papel registou uma variação negativa de 6,4% face ao período homólogo, refere a empresa. A quebra de 16% no volume de negócios total deveu-se a menores volumes de pasta e papel, “fruto essencialmente de paragens programadas”, diz a empresa, bem como da diminuição do nível do preço do papel.
No comunicado, a Navigator salienta, ainda, que o trabalho de “redução transversal de custos fixos e variáveis” ainda se refletiu no trimestre e “permitiu mitigar uma parte” da redução do volume de negócios e atingir um EBITDA de 71 milhões (20% inferior aos 88 milhões do 1º Trimestre de 2020), a que corresponde uma margem de 21% (-1 ponto percentual a menos do que no período homólogo).
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O free cash flow quase quadruplicou, para 56 milhões, enquanto o endividamento líquido foi reduzido em 176 milhões para 624 milhões de euros.
Em termos de investimento, o trimestre ficou marcado pelo arranque da nova Central Solar Fotovoltaica na Figueira da Foz, destaca a empresa. A central tem uma capacidade instalada de 2,6 MWh e que evitará a emissão de 1.296 toneladas de CO2 por ano.
“Apesar do futuro incerto, as perspetivas para o próximo trimestre são de melhoria no setor de pasta, papel e tissue à medida que a economia recupera e o plano de vacinação é implementado”, sublinha a Navigator, que promete “continuar uma gestão criteriosa dos seus custos fixos e variáveis, estimando manter cerca de 80% da poupança atingida nos custos de funcionamento, entre 2019 e 2020, assim como na implementação do seu plano de investimentos e dos seus projectos de sustentabilidade”.
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