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A Navigator registou em 2022, pela primeira vez, um volume de negócios que ultrapassou a barreira dos dois mil milhões de euros, atingindo uma faturação de 2465 milhões. O resultado líquido da fabricante de pasta e papel cresceu 129% para 392,5 milhões de euros, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Os 2465 milhões de euros em vendas permitiram reforçar em 31 milhões de euros os custos com pessoal, sublinha a empresa, o que possibilitou uma maior distribuição de prémios de desempenho, distribuir um novo prémio de produtividade aos colaboradores e reforçar o programa de rejuvenescimento.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 736 milhões de euros, também um valor recorde.
A empresa conseguiu reduzir o endividamento líquido, que passou de 595 milhões de eiros em 2021 para 382 milhões em 2022. Isso apesar de ter distribuído 250 milhões de euros em reservas e dividendos.
O investimento aumentou em mais de 40% para 112,5 milhões de euros, dos quais cerca de 39 milhões de euros se referem a investimentos classificados como ambientais, o que representa 35% do investimento total, segundo a Navigator.
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Ao longo dos próximos anos, a perspetiva da empresa é impulsionar o nível de investimento, nomeadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com especial enfoque na agenda From Fossil to Forest – “Sustainable packaging and products to replace fossil plastic”, que inclui projetos para o desenvolvimento de pasta química de alto rendimento e papéis castanhos, projetos de desenvolvimento de celulose moldada para embalagens rígidas e projetos com propriedades barreira.
No segmento de packaging, a Navigator atingiu vendas superiores a 90 milhões de euros, duplicando o valor de 2021, e representando em apenas dois anos já 4% da faturação do grupo para o setor de embalagem.
No seguimento da estratégia definida para a área de packaging, a empresa iniciou um projeto para construção de uma fábrica de produção de peças de celulose moldada, destinada a substituir peças de plástico que protegem alimentos e que são usadas numa perspetiva de utilização única.
A fábrica ficará localizada no complexo industrial de Aveiro e terá uma capacidade inicial de 100 milhões de peças, estando prevista arrancar a produção no final do primeiro trimestre de 2024.
A área de produção de energia elétrica também revelou desempenho positivo, tendo totalizado 259 milhões de euros em 2022, dos quais 70% provenientes de fontes renováveis. A faturação terá aumentado cerca de 91% face a 2021.
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