Partilhareste artigo
O espanhol Abanca registou um crescimento homólogo de 46% no seu lucro atribuível, que se fixou em 210 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, suportado na melhoria das receitas recorrentes, controlo de custos e limitação do custo de risco.
“As receitas recorrentes continuam a ganhar peso, trimestre após trimestre, nos resultados do Abanca. Graças à boa evolução da margem financeira [que cresceu 7,6%] e das receitas por prestação de serviços bancários [que aumentaram 9,8%], a margem base subiu 8,2%”, destaca o banco num comunicado divulgado esta quinta-feira.
Os custos ordinários desceram 6,8% e a margem recorrente – margem base menos gastos de exploração – atingiu os 190 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 56,2% face a igual período do ano passado.
Quanto ao custo do risco, de 0,34%, “continua contido, apesar de manter a prudência quanto a coberturas do crédito”.
Subscrever newsletter
“O Abanca mantém as coberturas de crédito duvidoso mais elevadas do sistema financeiro espanhol [85,4%], destacando-se a prudência no segmento de PME (pequenas e médias empresas) e grandes empresas, onde se alcança 105,2% de cobertura”, adianta o banco no comunicado.
O Abanca frisa que “enfrenta a etapa de recuperação e transformação da economia com uma posição de força financeira validada pela máxima qualidade dos seus ativos”, registando um rácio de morosidade de 1,9% e nível de crédito imobiliário no balanço de 0,3%.
Destaca os “seus elevados níveis de cobertura”, de 85,4% em ativos duvidosos e rácio Texas de 26,9%, e o “seu robusto nível de capitalização”, com um rácio de capital total de 17,3% e 1.571 milhões de euros de excesso sobre requisitos regulatórios. Em termos de liquidez, salienta o seu rácio LTD (sigla para ‘loans to deposits’, em inglês) de 95,7% e 15.107 milhões de euros em ativos líquidos.
No que toca à solvência, o rácio de capital do banco fixou-se nos 17,3% – 13,2% capital máximo qualidade CET1.
Volume de negócios cresce
O volume de negócios do banco aumentou 15,8% para os 103.697 milhões de euros. “Contabilizando o negócio da rede espanhola do Novo Banco, este valor superou os 107.000 milhões de euros [um crescimento homólogo de 20,1%]”, adianta.
Em abril deste ano, o Abanca anunciou a compra da operação do Novo Banco em Espanha. O banco espanhol ofereceu um euro pela aquisição, segundo o relatório da Comissão de Acompanhamento de 2020.
A carteira de crédito a clientes em situação normal cresceu 15,4%, em termos homólogos, para os 44.429 milhões de euros, com o financiamento a empresas e famílias, que somam 77% do total, a representar a componente maioritária.
Quanto a recursos de clientes, “o banco gere um total de 58.830 milhões de euros”, o que representa um crescimento total de 17,0%. Já os depósitos de clientes cresceram 14,8%, para os 46.861 milhões de euros.
Deixe um comentário