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Em Portugal, onde o Bankinter está presente desde 2016, o banco teve resultados antes de contabilizados os impostos (não líquidos) de 78 milhões de euros no passado, mais 54% do que em 2021, segundo um comunicado do grupo.
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O Bankinter diz que o grupo alcançou globalmente, no final de 2022, “com um ano de antecedência, os objetivos de resultados previstos para 2023, conseguindo superar os resultados prévios à pandemia e à separação da seguradora Línea Directa”, que era a filial se seguros do banco e entrou na bolsa de Madrid em abril de 2021.
Os resultados de 2021, sublinha o banco, incluíam ainda quatro meses de receitas da Línea Directa, que em 2022 já não existiram, “ainda que excluindo na comparação a mais-valia gerada pela entrada da Línea Directa na bolsa, que o banco obteve nesse ano”.
Assim, o resultado líquido no final de 2022 foi de 560,2 milhões de euros, mais 28,2% do que em 2021, e o resultado antes de impostos foi 785 milhões, mais 46,3%.
“Todas as rubricas da conta registam fortes crescimentos”, destaca o grupo, referindo o crescimento da margem de juros (mais 20,1%), da margem bruta (mais 12,3%) e da margem de exploração antes de provisões (mais 16,4%).
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Quanto ao crédito concedido, aumentou 9,1% no passado, “a um ritmo superior à média do setor”, diz o Bankinter.
A rentabilidade do grupo, medida em termos da designada ROE (rentabilidade sobre capitais próprios), situou-se nos 12%, assim como a solvência, medida pelo “rácio de capital CET1 fully loaded” e que, destaca o banco, está assim “muito acima do requisito mínimo” de 7,726% estabelecido pelo Banco Central Europeu (BCE).
A morosidade situou-se nos 2,10% (face aos 2,24% de 2021), “uma das mais baixas do setor” e “apesar de um agravamento do contexto macroeconómico”, segundo o banco.
Quanto à liquidez, o Bankinter teve em 2022 um volume maior de depósitos de clientes do que de créditos, com um rácio de 102,8%.
“Estes bons resultados têm por base uma melhoria substancial de todas as rubricas da conta de resultados, como consequência de uma maior dinâmica comercial e de uma capacidade de captação de negócios que levou o banco a crescer em todas as linhas de negócio, segmentos de clientes e diferentes geografias em que opera”, diz o grupo Bankinter no comunicado divulgado hoje.
Em Portugal, “onde o volume de negócio gerido não deixou de crescer desde a chegada do banco ao país”, o resultado antes dos impostos foi 78 milhões de euros em 2022, mais 54% do que em 2021.
O volume de negócios em Portugal chegou aos 18.200 milhões de euros no ano passado, que o banco compara com os 11.400 milhões de euros de 2017.
O Bankinter está em Portugal desde 2016, quando comprou parte da atividade e a rede comercial do Barclays.
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